A cobrança do passaporte de vacinação para que os estudantes da rede pública municipal possam ter acesso as salas voltou a repercutir entre os deputados nesta quinta-feira, 3, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Primeiro a usar a tribuna, o deputado delegado Péricles (União Brasil) afirmou que vai apresentar um Projeto de Lei em parceria com o colega Fausto Júnior (MDB), proibindo que seja cobrado dos estudantes do Amazonas o passaporte de vacinação.
“A recomendação do Ministério da Saúde é que se vacine, mas, sem obrigatoriedade. Precisamos de programas que estimule a vacina e não obrigue. Vou apresentar um projeto de lei proibindo essa exigência dos estudantes apresentarem comprovante de vacinação”, alfinetou.
Sinésio Campos (PT) questionou a iniciativa do colega deputado Péricles de apresentar projeto de lei contra a exigência do passaporte vacinal. “Quero antecipar a minha posição contrária ao projeto. Não é uma questão ideológica, mas de saúde púbica. Se essa onda pega, as pessoas vão dizer que não são obrigadas a se vacinar”, afirmou.
Péricles rebateu Sinésio e disse que havia distorções na fala do colega e que sua posição não se referia a todas as vacinas. Mas, somente, a contra a Covid-19, que ainda está em fase experimental.
Na esteira do colega, Felipe Souza (Patriota) também se manifestou contra a cobrança do comprovante de vacinação. “Sou a favor da vacina e me vacinei, agora, essa obrigatoriedade do passaporte da vacina para ir para a escola não faz o menor sentido. Muitas pessoas que se vacinaram estão contraindo o vírus. Vacina sim, passaporte não”, ressaltou.
Tony Medeiros (PSD) falou da importância da vacina e que na primeira leva foi acometido do Covid, quando não se tinha nem certeza de um protocolo eficaz contra a doença. “Não posso deixar de reconhecer os esforços dos cientistas para tentar amenizar tantas mortes no mundo. Tudo bem que a vacina não tem o período necessário para ter a segurança dos órgãos de saúde, mas se compararmos a segunda onda foi bem pior do que a primeira”, comparou.
Na avaliação de Carlinhos Bessa (PV), a questão da vacina ser obrigatória ou não traz dúvidas. “Estive em outro estado e até para entrar na lanchonete era necessário o cartão de vacina. A quantidade de fake news no país em relação à vacina trouxeram duvidas a muitos pais. A diferença de opiniões médicas sobre a vacina causa dúvidas. Nós como parlamentares temos uma responsabilidade muito grande e acredito que as fake news atrapalham muitas coisas”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo do Poder