janeiro 15, 2025 12:04

RR: Em cinco anos como vereador, Ítalo Otávio gastou quase um milhão e meio do ‘cotão’

Roraima – Na lista entre os parlamentares mais ‘gastões’ da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), o vereador Ítalo Otávio (Republicanos), que está no segundo mandato consecutivo, gastou, nos últimos cinco anos, quase um milhão e meio de reais da Verba Indenizatória, o ‘cotão’.

Os dados foram extraídos da Transparência do site da Câmara. Ítalo começou usufruir da verba indenizatória em 2017, quando iniciou o primeiro mandato como vereador da capital. Ao todo, ele usou R$ 1,4 milhão do ‘cotão’ para as mais variadas finalidades.

Uma delas, que representa o maior gasto, foi com serviços jurídicos. Durante os cinco anos, o vereador do Republicanos usou R$ 470 mil do ‘cotão’ para esta finalidade. Por ano, o parlamentar chegou a ser ressarcido em R$ 120 mil, em média, para cobrir as despesas com o serviço de assessoria jurídica.

Além disso, Ítalo também gastou cerca de R$ 270 mil só com os serviços de contabilidade, sendo que nos anos de 2018 e 2020 o parlamentar foi ressarcido em R$ 120 mil em cada ano.

O vereador também dedicou boa parte dos recursos para a divulgação em geral da atividade parlamentar e assessoria de imprensa, cerca de 200 mil durante os primeiros cinco anos de mandato.

Até setembro de 2021, o valor da verba indenizatória era de R$ 28,3 mil. A partir de outubro, após aprovação da Casa Legislativa, o valor aumentou para R$ 35 mil. Só em 11 meses de 2021, Ítalo gastou R$ 325 mil do ‘cotão”.

Não declarou

De acordo com os dados do Portal da Transparência, durante o período em que Ítalo exerce a função de vereador, incluindo o primeiro mandato, ele não declarou os gastos em quatro meses, sendo três em 2019 (junho, novembro e dezembro) e uma vez no ano passado (em dezembro).

O Poder entrou em contato com a assessoria de imprensa do vereador para questionar se nesse período descrito acima ele não teve gastos, deixou de declarar ou se a Câmara Municipal não atualizou as informações.

A reportagem questionou, ainda, se o valor gasto é realmente necessário para o exercício da atividade parlamentar. Até a publicação da matéria, a comunicação do vereador não se manifestou.

 

 

Da redação O Poder

Foto: Divulgação

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