novembro 22, 2024 11:55

‘Influências externas’: Arthur volta a atacar Gaeco, MPAM e juízes

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), voltou a atacar o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Amazonas (MPAM) e juízes, na tarde desta quarta-feira, 9.

Na rede social Instagram, Arthur Neto diz que não vai se calar e afirma que o MPAM não para de lhe surpreender. “Não vou me calar! O Ministério Público do Amazonas não para de me surpreender. Sua nota de resposta ao que disse – e reafirmo – veio sem a assinatura do procurador-geral. Ao fim do texto, bem genericamente, está lá: Procuradoria-Geral. Ou seja, a autoria fica no anonimato. Método diferente do meu, que ponho a cara em tudo que faço e digo”, narrou Arthur Neto.

Em seguida, o ex-prefeito de Manaus aponta que é hora da verdade. “Nem o touro e nem o toureiro podem fugir da luta. Ditadura dentro da democracia, comigo vivo, não!”, destacou Arthur.

O ex-prefeito disse, ainda, que sua família está sendo perseguida para lhe atingir politicamente. “Caro doutor Alberto, não há dúvidas que o órgão tem sofrido influências externas neste trabalho que somente o diminui. Gente que não respeita a política pública e que usa o nome do ministro Mauro Campbell, como ele fosse uma pessoa diferente do que sempre supus”, relatou o ex-prefeito

‘Desinformado e grotesco’ 

Na terça-feira, 8, após ataques, o Ministério Público classificou o ex-prefeito de Manaus como “desinformado” e “grotesco”. O caso ocorreu depois de uma publicação de Arthur Neto com acusações feitas ao Gaeco e também ao órgão ministerial.

“A surpresa não se deu apenas pelo ataque, mas pela grotesca desinformação que veicula, já que o Gaeco não conduz nem conduziu qualquer investigação acerca dos fatos apontados pelo articulista, a saber: possíveis irregularidades na contratação da empresa Best Car”, diz nota do MPAM.

O órgão afirmou na nota que a divulgação de informações de interesse do público acontece de forma transparente quando da realização das operações do Grupo ou quando a divulgação não interfere no interesse das investigações que, por natureza, são sigilosas. “Portanto, as invectivas do senhor ex-prefeito, além de despidas de fundamento e dirigidas a órgão que nada tem que ver com a investigação dos fatos que relatou, demonstra profundo desconhecimento da estrutura do Estado de Direito, regido por uma constituição que coloca a todos, independentemente da posição política ou dos cargos públicos que exerça ou tenha exercido, em posição de igualdade e subordinação à Lei e à Constituição”, diz outro trecho do documento.

Arthur Neto se manifestou após o ocorrido. “Sou homem que preza pela verdade e pelo que é justo. Após divulgar artigo que escrevi nesta terça-feira, 8, sobre a atuação do MPAM, recebi a informação de que a empresa citada no texto nada tem a ver com o dito consórcio que está encenando trabalho na AM-010. O nome correto da empresa que integra esse grupo, indicada pelo Omar Aziz, é a Best Transporte, com sede no Estado do Pará”.

Alvo

O ex-prefeito de Manaus virou alvo do órgão ministerial porque teria, supostamente, cometido irregularidades na dispensa de licitação na contratação da empresa Best Car. A informação foi divulgada no Diário Oficial do Ministério Público. O documento tem assinatura eletrônica da promotora de Justiça Sheyla Frota.

 

 

Alessandra Aline Martins, para O Poder

Foto: Divulgação

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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