O enriquecimento ilícito da servidora da Prefeitura de Humaitá (a 580 quilômetros de Manaus), Michele Cardoso Rossato, será investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). Um inquérito civil foi instaurado para apurar a prática de ato de improbidade administrativa.
Michele ocupa o cargo efetivo de médica da Prefeitura de Humaitá. No entanto, conforme o órgão ministerial, não compareceu ao local de lotação no período entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021. “Não há uma só falta, nenhum atestado, nenhuma licença, sem controle de horário e diversas delas sem o visto da chefia, tem-se o afastamento da presunção de veracidade das informações nela contidas”, diz trecho do documento publicado no Diário Oficial do Ministério Público.
O documento informa, ainda, que Michele Cardoso Rossato consta como sócia-administradora da empresa Rossato Atividades Médicas e de Estética Ltda, sediada no Distrito Federal. “Em consulta ao sistema Infoseg, consta que a sra. Michele Cardoso Rossato tem residência no Distrito Federal”, indica outro trecho do documento.
Por conta disso, a Prefeitura de Humaitá deverá apresentar documentos como receitas, requisições de exames, laudos médicos e outros que tenham sido preenchidos por Michele Cardoso Rossato, entre 2020 e 2021. A gestão municipal também deverá entregar o registro de acesso presencial a computadores das unidades de saúde de Humaitá, com login e senha da médica, nos anos de 2020 e 2021.
Cópias de atestados médicos, pedidos de licença e informações de férias concedidas para Michele Cardoso Rossato também deverão ser apresentados. Além disso, a Gol Linhas Aéreas, Latam Airlines e Azul Linhas Aéreas também deverão apresentar informações emitidas em favor da médica ao MPAM.
As solicitações foram feitas pelo promotor de Justiça Weslei Machado.
Da Redação
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