novembro 2, 2025 20:33
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MP aponta falhas e pede anulação de concurso com mais de 700 vagas no AM

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Com suspeitas de irregularidades, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) ajuizou uma ação civil pública, com pedido de tutela de urgência, para anular o concurso público realizado pelo município de Urucurituba, em parceria com o Instituto Merkabah, sob os editais nº 02/2023, nº 03/2023 e nº 04/2023. Mesmo após recomendações expedidas pelo MP, em agosto, a gestão municipal não se manifestou.

O concurso ofertou mais de 700 vagas nas áreas da educação, saúde, assistência social e administração, mas, segundo o órgão, apresenta falhas que ferem os princípios da legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade e isonomia.

Entre os problemas, a ação destaca a não divulgação dos espelhos de provas e das respostas aos recursos, além da inexistência de postos físicos de inscrição, em desacordo com a legislação estadual. O MPAM também aponta a cobrança indevida de taxa de inscrição de pessoas com deficiência, o descumprimento da reserva mínima de 20% de vagas para esse grupo em diversos cargos e a limitação de apenas 11 das 60 vagas de guarda municipal para candidatas do sexo feminino, medida já considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro ponto questionado é a previsão de realização do curso de formação dos guardas municipais de forma concomitante ao exercício das funções, em desacordo com o Estatuto das Guardas Municipais.

A promotoria de Urucurituba ressalta, ainda, que os editais foram lançados em dezembro de 2023, sem que houvesse, à época, a publicação das leis complementares que criavam ou ampliavam os cargos ofertados, o que só ocorreu sete meses depois, em julho de 2024. Isso significa que o concurso foi iniciado e concluído sem base legal válida.

Em paralelo, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) já havia declarado ilegal, em junho de 2025, o edital nº 03/2023, referente às áreas da saúde e assistência social, determinando sua anulação.

Outro ponto de atenção são denúncias recebidas pela promotoria sobre favorecimento a candidatos com parentesco com autoridades locais, como prefeito, ex-prefeitos, secretários e vereadores, com pelo menos dez ações judiciais em andamento contra a banca organizadora.

Diligências

O MPAM pede que a Justiça determine a anulação integral dos concursos regidos pelos editais citados e a exoneração dos candidatos já nomeados, ressaltando que, conforme entendimento consolidado pelo STF na Súmula 473, atos administrativos ilegais não geram direitos e devem ser anulados pela própria Administração.

Da Redação, com informações da assessoria
Foto: Divulgação

PA: Lula vai inspecionar COP30

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Nesta quinta-feira, 2, o presidente Lula (PT) vai ao Pará acompanhar os avanços dos preparativos para a COP30, acompanhado do ministro do Turismo, Celso Sabino, para realizar entregas e lançamentos de várias construções no estado. O ministro entregou sua demissão e deve sair até sábado, 4. A movimentação é fruto da saída do União Brasil da base do governo.

Lula deve cumprir agenda em Breves, no Marajó, e à tarde, fazer entregas relacionadas à COP30. Com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e Sabino, deve visitar a estação de tratamento de esgoto do Una, no Telégrafo. Pela noite, vai ao lançamento do Parque Linear da Nova Doca, no centro turístico de Belém.

Amanhã, visita obras de infraestrutura. Vai ver o desenvolvimento das obras de macrodrenagem, que cortaram a cidade inteira, vai checar as construções do Porto Futuro 2, um complexo cultural e gastronômico na orla de Belém com previsão de entrega para outubro, e, por fim, verá como está o Parque da Cidade, que é onde será realizado o evento internacional.

Mesmo com os avanços das obras, o que causa preocupação são as hospedagens. Os preços locais seguem muito acima do esperado. O governo brasileiro tenta mediar junto à gestão estadual soluções para que não haja defasagem nas delegações internacionais.

 

Com informações do UOL 

PF deflagra operação contra organização criminosa acusada de fraudes em concursos públicos

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 2, uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a concursos públicos.

Segundo a PF, as investigações apontaram fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) de 2024, o chamado Enem dos Concursos, e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

As decisões judiciais estão sendo cumpridas em cidades de três estados: Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Até a última atualização desta reportagem, duas pessoas foram presas preventivamente. O terceiro mandado de prisão ainda está sendo cumprido. Segundo apurou a TV Globo, ao menos 16 pessoas comprovadamente fraudaram certames realizados no ano passado.

Eles são acusados de condutas ilícitas como uso de ponto eletrônico durante a realização da prova e falsificação de documentos para que outras pessoas fizessem o concurso no lugar dos candidatos. Também há denúncias de acesso antecipado às provas.

As forças de segurança também cumpriram 12 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares contra os investigados. Entre elas, o afastamento de cargos públicos e sequestro de bens.

Após as investigações, os acusados foram excluídos de processos seletivos e, no caso de servidores nomeados, foram afastados de cargos públicos já ocupados.

Eles também poderão responder pelos crimes de fraude em concurso público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público.

A operação conta com apoio do Ministério da Gestão e Inovação.

Em nota, a PF informou que, “em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério da Gestão e Inovação, vem ampliando mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade nos processos seletivos realizados em todo o país”.

O Ministério da Gestão também se posicionou sobre o caso. Veja a nota na íntegra:

“Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informa que tem apoiado, desde o início, as investigações da Polícia Federal sobre fraudes em concursos públicos, entre elas, uma fraude pontual durante a aplicação da prova da primeira edição o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).

O MGI vem acompanhando os desdobramentos da operação da PF no dia de hoje e, em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal e demais forças de segurança, ampliou os mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade na prova do CPNU 2, cuja realização está confirmada para esse domingo, 5 de outubro.

 

Da Redação, com informações do G1
Foto: Divulgação

Grupo no WhatsApp de promotores expõe ironia de Porsche, retroativos milionários e ‘status inferior’ a juízes

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Mensagens de um grupo de WhatsApp formado por mais de 500 promotores e procuradores da ativa e aposentados do Ministério Público de São Paulo (MPSP) expõem a briga pelo pagamento de penduricalhos, a ciumeira com carros de luxo de desembargadores e a ira contra um colega que foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o pagamento de um benefício que turbinou os contracheques da carreira.

Na reportagem, veiculada pelo Metrópoles, membros do MPSP reclamam de estar em uma “classe social inferior” à dos magistrados e dizem que os penduricalhos — valores pagos além do salário como verbas indenizatórias — são uma “defesa contra o arrocho salarial”. “Eu só quero pagar minhas contas”, escreveu um deles.

O grupo no WhatsApp leva o nome “Equiparação Já” e fomenta duas reivindicações centrais de promotores e procuradores. A primeira é equiparar seus vencimentos aos dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o que consideram uma disparidade inconstitucional. A segunda está relacionada à equiparação entre os pagamentos a membros da ativa e os aposentados do MPSP.

Entre os integrantes do grupo há membro do Ministério Público paulista que recebeu R$ 67 mil líquidos somente em agosto deste ano e mais de R$ 100 mil em dezembro de 2024, de gratificação natalina e verbas indenizatórias.

Passeio de Porsche

Entre os membros do MPSP mais atuantes no grupo da “equiparação” salarial está o procurador Marcio Sergio Christino. No sábado, 20, por exemplo, ele perguntou de forma irônica aos outros membros se eles já haviam passeado de Porsche naquele dia. Depois, reclamou do “desnível financeiro e social” dos representantes do Ministério Público em relação à magistratura.

“Você já passeou de Porsche hj? Parece que ficamos acostumados com o desnível financeiro e social que nos colocamos em relação à magis”, escreveu Christino, referindo-se à magistratura. “Desembargador amigo está uma foto dele andando de Porsche pela Rodovia dos Bandeirantes com o teto solar aberto. Isto me lembrou do almoço onde eles (desembargadores) discutiam justamente isso. E lembravam que os três comensais haviam comprado o mesmo carro”, completou ele.

No dia seguinte, o procurador voltou ao grupo, lamentou a proximidade financeira dos membros do MPSP, que são os promotores e procuradores, com “funcionários” do órgão, como os analistas. E relembrou o caso dos Porsches.

“Vocês sabiam que percentualmente a diferença entre nós e os desembargadores é maior que a diferença entre nós e os analistas? Ou seja, estamos mais perto de sermos vistos financeiramente como funcionários do que como iguais”, disse. “Isto confirma o que eu havia dito antes: agora estamos em uma classe social inferior. E isto não é eventual, é estrutural. Bom domingo, com ou sem Porsche”, acrescentou.

A conversa sobre os carros de luxo continuaram durante a semana e receberam o apoio de outra procuradora, Valéria Maiolini, que fez o relato de um juiz que acabava de comprar seu terceiro carro de colecionador, acumulando R$ 1 milhão em veículos caros, enquanto os membros do MPSP brigavam “para receber o mínimo”.

Inacreditável o que estamos vivendo! Um conhecido meu juiz acabou de comprar o terceiro carro de colecionador! Mais de 1 milhão só em carros de colecionadores para ficar na garagem e sair só final de semana!”, exclamou a procuradora, que foi procurada por telefone e WhatsApp, mas não respondeu à reportagem.

Outro membro do MPSP chamado Leonardo — ele não quis se identificar ao ser contatado com a reportagem — disse que precisava dos auxílios e benefícios pagos além do salário para “pagar as contas”. “Eu nem quero um Porsche. Eu só quero pagar minhas contas”, pontuou.

O procurador Márcio Christino respondeu lembrando da mensagem que enviou sobre os Porsches e completou com outro comentário, dizendo que o vencimento dos membros do MPSP estava se equiparando ao salário pago no “magistério”. Em seguida, ele faz um trocadilho ao apelido “magis” dado à carreira dos “magistrados” para se referir aos professores.

“E pior, não há mudança de perspectiva à vista, estamos nos tornando igual a Magis… Magistério”, respondeu o procurador.

Procurado pela reportagem, Márcio Christino disse, inicialmente, que não lembrava das mensagens e acusou suposta adulteração das conversas. Depois, disse se tratar de consequências de uma “disputa eleitoral”, já que ele é candidato ao Conselho Superior do Ministério Público, que terá eleições em dezembro.

Um dos administradores do grupo, o procurador Luiz Faggioni disse que dirige um carro popular. O comentário seria uma ironia com os desembargadores e não expressaria o desejo dele de andar de Porsche.

Xingamentos

Um membro do MPSP que acionou o STF recentemente contra um auxílio recebido pelos promotores foi alvo de xingamentos de outros integrantes do grupo. O alvo é aposentado e, segundo membros do Ministério Público que aparecem na conversa, não faz parte do grupo de WhatsApp. Nas mensagens, ele é chamado pelos colegas de “idealista”, “mesquinho”, “ingênuo”, entre outros adjetivos.

“Uma burrice, sem tamanho. Uma ação pequena, de uma pessoa mesquinha, com visão estreita”, escreveu Leonardo sobre a ação do colega.

Ele foi respondido por Valéria, que alega que São Paulo é o único estado prejudicado com a ação movida contra o penduricalho.

“Síndrome de vira lata mesmo! Querer nivelar por baixo quando todos já receberam suas verbas, menos SP, muito pouco pago, Piauí e RS! Só SP será prejudicado com auto!”, escreveu.

Marcio Christino também criticou a ação no grupo.

“Tal ação é de antemão um insucesso, não servirá para nada, exceto nos expor”, argumentou. “Certo está o Leonardo, a luta é pelo orçamento que beneficiará a todos.”

Luiz Faggioni, o administrador do grupo, também entrou no coro e disse que o autor da ação era “inimigo da classe”. Valéria volta à discussão questionando se o colega havia aberto mão de outros privilégios.

“Alguém sabe dizer se o colega abriu mão do auxílio moradia quando foi pago: Porque quem não concordou abriu mão de receber! E ele?”, perguntou a procuradora.

“Está militando para destruir direitos importantíssimos”, respondeu Faggioni.

Já Leonardo justifica os penduricalhos contra a desvalorização do salário.

“A armadilha é que o salário de todo o funcionalismo público foi indexado ao do ministro do STF. Então, fica praticamente inviável um aumento real. Por isso surgiram os penduricalhos: legítima defesa contra o arrocho salarial”, disse.

Um dos participantes do grupo, o promotor Jamil Luiz Simon, de Campos do Jordão, aposentado neste ano, disse que o salário dos promotores não pode ser comparado com outras profissões da sociedade brasileira pelo mérito de ter passado no concurso, as particularidades da profissão e a necessidade de manter bons quadros no MPSP, diante da possibilidade de se tornarem advogados.

Ele ainda comentou que os penduricalhos são justos, diante da inflação do país, e que à exceção de poucos estados, os magistrados e Ministérios Públicos recebem o “auxílio acervo” e o “adicional de tempo de serviço” retroativo. A revolta quanto ao colega se dá pela indignação de ele ter se voltado contra a classe.

“Não recebeu represália. Parece que ele nem faz parte do grupo. E é lógico, quando você está conversando em um grupo fechado, você usa expressões”, disse Simon ao Metrópoles. “Se a ação dele tiver sucesso — a gente acredita que não vai ter, mas só quem sabe é o STF —, a gente vai perder esse crédito, né? E outros Ministérios Públicos do país e a magistratura, de vários estados, federal, estadual etc., vão receber e nós não. Como que um colega move uma ação dessa contra a própria classe?”, questionou.

Eleição do CSMP

Segundo apurou o Metrópoles, o pano de fundo dessas queixas é a eleição ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), marcada para 6 de dezembro. Ao menos três chapas devem concorrer. Apenas uma candidatura, a de Marcio Sergio Christino, não tem ligação com o atual procurador-geral de Justiça (PGJ), Paulo Sergio Oliveira e Costa. Por isso, é considerada de oposição.

Na situação, o subprocurador-geral Wallace Paiva deve capitanear uma das candidaturas. O ex-subprocurador-geral José Carlos Cosenzo também deve disputar a eleição do CSMP. Ele concorreu para ser PGJ, ficou em primeiro da lista tríplice, mas não foi escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas(Republicanos), que preferiu Oliveira e Costa, o terceiro colocado daquela disputa.

Resposta do procurador

O procurador Márcio Christino afirmou que desconhece o teor dos comentários e atribuiu o vazamento dos diálogos à eleição interna do MPSP.

“Lamento profundamente a publicação de comentários cuja origem e teor desconheço. De fato, participo de vários grupos, aquele inclusive, mas não me recordo destas mensagens e reputo indevido o uso de meu nome. O teor destas mensagens está manipulado em seu conteúdo. Sem apontar a origem fica inviável a comparação. O MP está em época de disputas eleitorais e sou candidato, evidente a intenção de interferir no processo eleitoral. Isto mostra como o processo político interno transborda. Especialmente para quem contesta ações e omissões da própria instituição.”

 

Da Redação, com informações do Metrópoles
Foto: Divulgação

Câmara aprova isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês

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A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1087/25, do Poder Executivo, que concede desconto para zerar o Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) de quem ganha até R$ 5 mil mensais e institui cobrança adicional para aqueles com rendimento tributável acima de R$ 600 mil ao ano. A proposta será enviada ao Senado.

A intenção do projeto é aumentar o escalonamento dos tributos cobrados com base na chamada alíquota efetiva (encontrada após deduções e isenções).

Para compensar a isenção de até R$ 5 mil, a proposta cria um patamar mínimo de 10% do IR que pode atingir cerca de 141,4 mil contribuintes pessoas físicas de alta renda que hoje recolhem, em média, com alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais, incluindo distribuição de lucros e dividendos.

Trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos.

As reduções para a faixa até R$ 5 mil se repetem na Declaração de Ajuste Anual (DAA) do IRPF, quer o contribuinte opte por fazer a declaração completa (com deduções de gastos de saúde e educação, por exemplo) ou opte pelo desconto simplificado (cujo valor é ajustado de R$ 16.754,34 para R$ 17.640,00).

O desconto proposto será aplicado inclusive sobre o 13º salário, que tem tributação exclusiva na fonte (não entra na conta com os demais salários na declaração anual).

Correção da tabela

O Plenário da Câmara aprovou o projeto na forma de substitutivo do relator, deputado Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o texto, a redução gradual para os rendimentos acima de R$ 5 mil mensais, que antes iriam até R$ 7 mil, passa a contemplar até o valor de R$ 7.350,00 (quanto mais ganha, menor a redução). Acima de R$ 7.350,00 mensais nada muda.

No entanto, Lira aumentou a lista dos tipos de rendas que podem deduzidas, acrescentando desde aquelas obtidas com títulos do agronegócio e o ramo imobiliário até lucros e dividendos cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro de 2025.

Quanto às várias emendas sugeridas para reajustar a tabela do Imposto de Renda, o relator decidiu incluir dispositivo para que o Executivo envie ao Congresso Nacional, dentro de um ano, projeto prevendo política nacional de atualização desses valores.

Lira também excluiu da base de cálculo de lucros e dividendos distribuídos pelos cartórios aos notários as taxas repassadas ao sistema judiciário. Além disso, lucros e dividendos relativos ao ano-calendário de 2025 poderão ser distribuídos até 2028.

Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto

Justiça tributária

Arthur Lira afirmou que a proposta vai beneficiar diretamente 15,5 milhões de pessoas, enquanto cerca de 140 mil pessoas serão atingidas na compensação da isenção. “O projeto é neutro quanto à arrecadação, ele é neutro quanto à renúncia fiscal”, disse.

Em entrevista coletiva antes da votação, Lira disse que a proposta não resolverá de forma definitiva a regressividade da tributação da renda do Brasil. “Mas é um primeiro passo para corrigir uma distorção tributária e social das pessoas que menos recebem”, explicou.

Segundo ele, é necessário ainda se debruçar sobre outros projetos para fazer com que a justiça tributária da reforma do consumo também aconteça na reforma da renda.

Cumprimento de prazos

Lira também ressaltou que a Câmara manteve todos os acordos de prazos de votação da proposta. “Esta é a Casa mais acessível, diversa, contemporânea e democrática do sistema público brasileiro”, declarou.

A proposta trata de renúncia de R$ 25,4 bilhões em receita do Imposto de Renda, cerca de 10% dos quase R$ 227 bilhões arrecadados com o tributo.

Mudança estrutural

Segundo o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), a votação do projeto é uma “retumbante” vitória do povo brasileiro. “Parabenizamos o ministro Haddad [Fazenda], que insistiu nesta pauta da justiça tributária, porque o que estamos fazendo no país é uma mudança verdadeiramente estrutural.”

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (RJ), afirmou que, finalmente, a Câmara atende aos anseios da população em um projeto que propõe justiça tributária. “Quase 20 milhões de pessoas serão impactadas com aumento da sua renda. A medida terá um impacto real no bolso do brasileiro e da brasileira”, disse.

Segundo a deputada, a proposta corrige uma desigualdade que estrutura o Brasil. “Esse é o primeiro passo para o início de uma reforma tributária no nosso país”, declarou.

Críticas

Já o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a proposta é um “troco”, muito abaixo da necessidade da população. Ele defendeu maior redução da carga tributária. “O nosso partido é sempre contra o aumento de impostos”, disse.

Para o deputado Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição, o projeto pode “matar” o mercado brasileiro. Ele acredita que os brasileiros mais ricos que serão tributados devem transferir seus recursos para o exterior. “Gerando o desemprego, uma série de consequências nefastas para o Brasil”, afirmou.

Para o parlamentar, a isenção deveria subir para até R$ 10 mil, mas com a compensação dos recursos a ser feita por ações de austeridade do governo federal.

 

Da Redação com informações da Agência Câmara de Notícias 

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Comissão do Senado aprova aumento do Fundo Eleitoral para R$ 4,9 bilhões

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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou a Instrução Normativa (PIN 1/2025) que prevê um aumento significativo do fundo eleitoral, passando de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bilhões no Orçamento de 2026 (PLN 15/2025), por meio de emendas de bancada.

O texto foi apresentado pelo deputado, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), relator do Orçamento de 2026. Segundo ele, a proposta do Executivo será ajustada para igualar o valor destinado às eleições municipais de 2024.

Emendas parlamentares

O governo já havia retirado R$ 1 bilhão das emendas de bancadas estaduais para atender o Fundo Eleitoral. Agora, foram retirados mais R$ 2,9 bilhões das emendas. O restante será cortado das despesas não obrigatórias.

Com isso, a reserva para emendas das bancadas estaduais será reduzida de R$ 15,2 bilhões para R$ 11,2 bilhões.

Os ajustes serão feitos no projeto da Lei Orçamentária (LOA) de 2026. “O relator-geral do projeto de lei orçamentária de 2026 tomará as providências necessárias para o atendimento dessa instrução”, disse Isnaldo.

LDO de 2026

O presidente da comissão, senador Efraim Filho (União-PB), adiou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 (PLN 2/2025) para a próxima terça-feira, 7. Segundo ele, ainda existem divergências entre os líderes de partidos sobre a votação do relatório final e dos destaques ao texto.

A LDO orienta a elaboração e a execução da LOA.

 

Da Redação, com informações da Agência Senado
Foto: Divulgação 

RR: PF prende 3 pessoas com R$ 510 mil em espécie por suspeita de lavagem de dinheiro público

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Na terça-feira, 30, a Polícia Federal (PF) prendeu três pessoas em flagrante com R$ 510.272,00 em dinheiro vivo por suspeita de lavagem de dinheiro. A corporação recebeu uma denúncia.

Foi iniciado o monitoramento dos suspeitos até a abordagem com o montante. Um vídeo divulgado pela PF mostra o momento em que um agente abre a mochila e constata as cédulas de R$ 100 em maços volumosos.

Em Boa Vista, na sede da PF, os suspeitos foram ouvidos e autuados em flagrante por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A investigação preliminar aponta que os recursos sacados tem provável origem em desvios de recursos públicos.

Com informações de Folha BV

Foto: Divulgação

TJAM derruba decreto de ex-prefeita de Ipixuna que nomeou parente como ‘prefeito paralelo’

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O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) derrubou uma manobra inusitada da Prefeitura de Ipixuna, que permitia ao próprio prefeito escolher e nomear alguém de confiança para substituí-lo no comando do Executivo municipal.

A norma em questão é a Lei Municipal nº 97/2008, que criava a figura do chamado “administrador municipal”. Na prática, esse administrador poderia assumir temporariamente o cargo de prefeito sem jamais ter passado pelo crivo das urnas, o que fere princípios constitucionais como a soberania popular, o republicanismo e a simetria entre as esferas de governo.

Ex-prefeita nomeou parente

Foi com base nessa lei que a então prefeita Maria do Socorro de Paula Oliveira editou o Decreto nº 051/2020-GAB/PREF, nomeando Davi Farias de Oliveira para a função de administrador municipal, em 2020. Além de ex-prefeito de Ipixuna, Davi é primo do marido da ex-prefeita, Armando Corrêa de Oliveira Filho, que já havia sido secretário de Governo do município.

A justificativa, apresentada no próprio decreto, alega que os integrantes da linha sucessória legítima, o vice-prefeito, o presidente da Câmara Municipal e o vice-presidente, tinham pretensões político-eleitorais e, por isso, não poderiam assumir o cargo de prefeito interino no período pré-eleitoral, sob risco de impedimentos. Assim, ela criou a figura do administrador municipal, de forma espontânea, para ocupar o posto de forma interina.

Decreto anulado

À época do fato, a Justiça de Ipixuna anulou o decreto e todos os atos praticados pelo nomeado, mas Maria do Socorro de Paula Oliveira e Davi Farias de Oliveira recorreram, o que acabou dando origem ao julgamento no Tribunal Pleno.

Inconstitucional

Na sessão de terça-feira, 30, os desembargadores, por unanimidade, confirmaram a inconstitucionalidade da Lei 97/2008, no Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade Cível nº 0006320-44.2024.8.04.0000, relatado pelo desembargador Yedo Simões de Oliveira.

Segundo o relator, a lei subvertia a lógica constitucional, criando um mecanismo de “sucessão” paralelo ao previsto na Constituição Federal. O magistrado destacou que a Carta de 1988 já determina uma linha sucessória legítima (vice-prefeito, presidente da Câmara e, em casos específicos, o presidente do Tribunal de Justiça), todos eles com respaldo democrático ou institucional.

O Ministério Público também opinou pela inconstitucionalidade, lembrando que a própria Lei Orgânica de Ipixuna.

 

Da Redação, com informações do TJAM e MPAM
Foto: Divulgação

Prefeita Macelly Veras entrega 1º Consultório Odontológico da Zona Rural de Maués e eleva saúde do município

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A prefeita de Maués, Macelly Veras, realizou a entrega do primeiro consultório odontológico da zona rural do município, instalado na comunidade Base Nova Jerusalém, localizada no Médio Apocuitaua. A iniciativa beneficia diretamente a população da comunidade e áreas vizinhas, que passam a ter acesso a atendimentos odontológicos sem a necessidade de se deslocar até a sede do município.

O vice-coordenador da comunidade, César Garcia, destacou a importância da conquista. “Não vai mais ter necessidade de pessoas saírem da zona rural para irem à sede do município atrás de atendimento odontológico, gastando suas finanças. Tem gente que não tem condições de ir e hoje temos essa estrutura aqui no nosso setor”, afirmou.

Para o presidente da comunidade, Noel Santos, a inauguração é um marco. “É a primeira sala de odontologia da zona rural. Isso nos deixa felizes da vida, porque vai atender as demandas das calhas do Apocuitaua Miri, Médio e Alto Apocuitaua. Não existia esse atendimento odontológico aqui e, vendo a necessidade, fizemos essa parceria para que hoje fosse realidade. É um marco histórico para Maués”, celebrou.

Durante a solenidade, a prefeita Macelly reforçou que a entrega simboliza o compromisso da gestão com a ampliação da saúde bucal no município. “Quero levar mais atendimento odontológico às pessoas que necessitam. Também já recebemos uma Unidade Odontológica Móvel (UOM) em parceria com o Governo Federal, que em breve estará em Maués para realizar atendimentos nas estradas, vicinais e, claro, também chegar à zona rural”, ressaltou.

Com apenas nove meses de gestão, Macelly Veras já apresenta resultados expressivos na saúde de Maués. Os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Saúde da zona urbana duplicaram em relação a 2024. Na zona rural, a UBS Fluvial finalizou a cobertura do Alto Apocuitaua e segue atendendo comunidades do Médio Apocuitaua, em sua quinta viagem somente neste ano. Até o momento, a gestão já contabiliza quase 10 mil atendimentos médicos realizados na zona rural.

Com a entrega do consultório odontológico da Base Nova Jerusalém, a prefeitura dá mais um passo importante para aproximar os serviços de saúde da população ribeirinha, consolidando uma política pública de atenção integral e de qualidade.

 

Da Redação

Gestão superior da UEA entrega equipamentos e anuncia melhorias no Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara

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Nesta terça-feira, 30, o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Prof. Dr. André Zogahib, e a vice-reitora, Prof.ª Dra. Kátia Couceiro, estiveram no Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (Cesit) para conhecer de perto as demandas locais, apresentar novidades e promover a entrega de computadores.

A agenda começou com a entrega de 15 novos computadores, que reforçarão as atividades acadêmicas e administrativas dos cursos ofertados no Cesit. Em seguida, a gestão percorreu salas de aula e espaços estratégicos do Centro, incluindo o Museu de Solos da Amazônia (Musoam) e os laboratórios de Solos, Tecnologia e Marchetaria, inaugurados no início de 2025, verificando a infraestrutura e a adequação dos equipamentos.

Estiveram presentes o pró-reitor de Interiorização, Prof. Dr. Valber Martins, e equipe da Prefeitura Universitária, liderada pelo prefeito Jean Barbosa da Silva.

Na sequência, reuniões com docentes e estudantes abriram espaço para diálogo sobre necessidades, avanços e perspectivas. O encontro possibilitou esclarecimentos e a apresentação de novidades para a comunidade.

Durante a visita, o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, destacou os avanços já alcançados no Cesit e reforçou a importância do trabalho coletivo para o fortalecimento da universidade no interior do Amazonas.

“Saio muito feliz e entusiasmado por ver tudo o que já foi conquistado no Cesit, as ampliações realizadas e as que ainda vão começar. É gratificante perceber o empenho de professores, alunos e técnicos em prol da universidade, da sociedade e da coletividade. Esse trabalho conjunto é o que faz a diferença na vida de cada um de nós, em Itacoatiara e em todo o Amazonas”, completou.

 

Avanços

 Entre os anúncios, destacaram-se a ampliação do Restaurante Universitário (RU), com início das obras em dezembro de 2025. A previsão de conclusão da biblioteca também é até o final deste ano, bem como a regularização da data-base dos docentes. Segundo o reitor André Zogahib, essas medidas reafirmam o compromisso da UEA com o fortalecimento da estrutura acadêmica no interior do estado.

Durante a visita institucional, foi entregue ao Cesit/UEA uma unidade do Desfibrilador Externo Automático (DEA), como parte do programa “UEA Cardio Protegida”. A comunidade acadêmica de Itacoatiara já recebeu treinamento teórico-prático e, com essa entrega, a unidade estará devidamente equipada para agir em casos de parada cardiorrespiratória.

O diretor do Cesit/UEA, Prof. Me. Franciano Antunes, ressaltou a importância do contato direto entre a comunidade acadêmica e a gestão. “Hoje é um dia de alegria para o nosso centro. Tivemos a honra de receber a visita do magnífico reitor e sua equipe, que vieram ouvir as demandas da comunidade acadêmica. Esse diálogo é fundamental para que possamos atender, cada vez mais, às necessidades da sociedade amazonense. Quero l, também, registrar o nosso agradecimento pelas entregas realizadas, como os novos equipamentos e pelas futuras ações anunciadas que, certamente, trarão ainda mais avanços para o Cesit e para a UEA como um todo”, disse.

 

Da Redação

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