novembro 21, 2024 18:28

Episódio entre Bolsonaro e Arthur deixa líder do prefeito na CMM dividido sobre quem defender

O líder do prefeito Arthur Neto (PSDB) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Marcel Alexandre (Podemos), mostrou que está dividido entre defender seu “chefe” na casa legislativa e apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem também é partidário. Na semana passada veio à tona uma fala pejorativa de Bolsonaro em relação ao prefeito de Manaus sobre o sepultamento de mortos da Covid-19 em vala comum.

Este desentendimento foi a tônica das discussões entre vereadores na sessão virtual da CMM desta terça-feira, 19. Os ânimos se acirraram após o vereador Raulzinho (DEM) defender uma moção de repúdio às declarações de Bolsonaro contra Arthur Neto e ao seu falecido pai, Arthur Virgílio Filho.

No debate, aliados do prefeito saíram em defesa de Arthur Neto, mas seu líder, Marcel, votou contra a moção.

Após fazer a leitura da matéria do site Veja, do jornalista Matheus Leitão, Marcel Alexandre enfatizou as palavras “seriam, teriam” inseridas no texto, justificando que há não provas que o presidente teria dito algo contra o prefeito de Manaus.

“Eu tenho uma responsabilidade muito grande aqui (CMM), eu sou líder do prefeito. (…) Eu quero provas de que o presidente falou”, acrescentou.

“O presidente Bolsonaro é o meu presidente, eu votei nele”, disse, firmando a sua confiança ao mesmo tempo que apoia Arthur Neto “eu lutei pro prefeito Arthur Virgílio ser o prefeito de Manaus nas opções que ai estavam”, acrescentou.

Do mesmo partido de Arthur, o vereador Dante afirmou que se posicionou pelo presidente e que votou nele por acreditar na sua gestão no Brasil. “Votei nele por acreditar que naquele momento ele era o melhor pro Brasil, mas também quero me posicionar, neste momento, ele está tendo uma atitude desastrosa, uma atitude desrespeitosa”, disse.

Seguindo a mesma linha de defesa do vereador Elias Emanuel (PSDB), o vereador Profº Gedeão Amorim (MDB), afirmou que a CMM não deve aceitar nenhuma troca de declarações do nível que aconteceu no episódio. “É muita mesquinharia, muita pequinês”, criticou sobre a índole do presidente.

A moção 114, de autoria de Raulziinho, assim como as moções 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124 e 126 foram aprovadas e seguem para a Divisão de Registro Parlamentar para as devidas providências e deverão ser encaminhadas para a presidência da República.

 

 

 

Ana Flávia Oliveira, para O Poder

Foto: Reprodução

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