novembro 21, 2024 18:22

Vereadores divergem sobre medidas de contenção adotadas pela Prefeitura de Manaus

Na manhã desta segunda-feira, 8, os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) repercutiram as medidas de reforma administrativa e de redução de custos da administração pública, anunciada pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

Na sessão virtual, o vereador Chico Preto (DC) pediu o posicionamento dos colegas de tribuna em decorrência das medidas decretadas pelo prefeito, por meio de uma ordem cronológica dos fatos. O parlamentar ainda cobrou explicações do prefeito e também da Secretaria de Finanças.

O vereador lembrou que, em março, o prefeito Arthur assinou o decreto nº 4.793, que dispõe sobre medidas de contingenciamento em razão da pandemia. “E a ordem era economizar 25% a partir do dia 1º de abril os contratos da Prefeitura Municipal de Manaus. Mas, no dia seguinte, a prefeitura adquire 43.340 bolas, no valor de R$ 1.260.000,00”, denunciou.

O primeiro ato de economia foi assinado e publicado no dia 4 de maio, onde a prefeitura rescindiu o contrato nº 001 de 2015, economizando R$ 3.338.

“O primeiro foi cortar o contrato de um carro de locação localizado na Secretaria de Representação da Prefeitura Municipal em Brasília”, disse Chico Preto.

Para o vereador da oposição, houve uma lentidão na tomada de decisões e nas execuções nas medidas de contingenciamento e, mesmo com o funcionamento restrito de grande parte dos órgãos municipais em decorrência da pandemia, houve um acréscimo no contrato de energia elétrica.

“Além disso, não houve até o momento, a redução, por exemplo, do contrato de fornecimento de gasolina para a Prefeitura Municipal de Manaus. A Semsa tem um contrato à parte, e o contrato que alcança as outras secretarias é da ordem de R$ 36 milhões e, nesse período (quarentena) não houve redução alguma”, afirma o vereador questionando as ações da prefeitura por não ter reduzidos os contratos.

Defesa

Em defesa, o líder do prefeito na CMM, vereador Marcel Alexandre (Podemos), pediu calma e afirmou que todos os políticos possuem liberdade para contribuir com a sociedade através de seus discursos.

Ao citar que o prefeito Arthur está finalizando a sua gestão de forma justa e certa, o parlamentar diz que a pandemia foi um “imprevisto” que aconteceu resultando em sustos e “estragos”.

“O prefeito Arthur Virgílio está fazendo contas, fazendo ensaios e agora, se alguém vaza que ‘vai acontecer isso, vai acontecer aquilo’ é lamentável que isso aconteça, e aí vira essa coisa da fake news”, disse o parlamentar.

“Alguma demissão que houver está no nível das demissões do que acontece no procedimento normal na relação patrão e empregado, mas de decisão de caráter econômico, de contenção ainda não se disparou nenhuma ação nesta direção, está sendo planejado, tá sendo elaborado pelas secretarias” declarou o líder.

Chico Preto rebateu o discurso da base governista e afirmou que os aliados têm o direto de discordar das opiniões. “Mas, afirmar que as declarações são ‘fake news’, sendo baseadas em documentos oficiais. Tá no site oficial da Prefeitura”, afirmou o vereador.

 

 

Ana Flávia Oliveira, para O Poder 

Foto: Reprodução/CMM

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