O ministro Dias Toffoli, foi o último a votar, contabilizando o décimo voto a favor da continuidade do inquérito das fake news e concluiu o julgamento da ação do partido Rede Sustentabilidade que solicitava o trancamento da investigação.
De acordo com Toffoli, a investigação foi aberta em decorrência das inúmeras tentativas de “intimidação e represália à livre atuação e independência do Poder Judiciário”.
“Quiseram banalizar as instituições como desnecessárias, como inúteis, quiseram banalizar a política, banalizar a democracia, a banalizar a liberdade de imprensa e expressão. Quiseram banalizar o mal. Plantam o medo para colher o ódio. Plantam o ódio para colher o medo”, criticou o ministro.
Ainda segundo ele, o totalitarismo e o autoritarismo devem ser esquecidos, e se conformar que as notícias falsas são algo inevitável sem “a necessária responsabilização” é aceitar que “nada pode ser mudado ou feito”.
“A instauração desse inquérito se impôs e se impõe porque não podemos banalizar ataques e ameaças ao STF”, acrescentou.
10 votos a 1
O único que votou contra foi o ministro Marco Aurélio, que em seu discurso, classificou o inquérito de “natimorto” em razão da escolha do relator e a abertura de ofício.
O relator Edson Fachin foi o primeiro a se manifestar a favor da validade do inquérito, em seguida, os ministros votaram a favor conforme o andamento do julgamento.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: Rosinei Coutinho/ STF