outubro 23, 2024 07:20

Alexandre de Moraes aponta ‘real possibilidade’ de associação criminosa em atos antidemocráticos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de inquérito que apura atos antidemocráticos, afirmou que os indícios apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) apontam uma “real possibilidade” da existência de uma associação criminosa.

A decisão do ministro, feita no dia 27 de maio, resultou em uma operação de 26 mandados e na quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de 11 parlamentares federais aliados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), também a pedido da PGR.

“Os indícios apresentados na manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República confirmam a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, como salientado pelo Ministério Público ao apontar que ‘pode haver abusos e crimes que precisam ser apurados a partir do esclarecimento do modo de funcionamento estruturado e economicamente rentável de uma escala de organização e agrupamento com pretensões aparentes de execução de ações contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e provocação das Forças Armadas ao descumprimento de sua missão constitucional’”, informa Moraes na decisão.

Na ocasião, o ministro cita provas apresentadas pela PGR que formulam uma “rede estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos”, em que se formam complexas relações que, segundo a Procuradoria, denotariam um “alinhamento consciente” entre integrantes dos grupamentos.

A decisão também reforça que a estrutura estaria aparentemente sendo, de acordo com os indícios, financiada por empresários de maneira velada.

Por esses motivos, ao considerar haver elementos de suspeitas, o ministro autorizou a quebra dos sigilos.

Em outro inquérito, das fake news, do qual também é relator, Moraes também apontou para a possível formação de associação criminosa denominada em depoimentos como “gabinete do ódio”.

 

 

 

 

 

Conteúdo: Reuters

Foto: Adriano Machado/ Reuters

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