setembro 7, 2024 20:22

Justiça nega pedido de empresária de ficar calada em depoimento na CPI da Saúde

Com depoimento marcado para esta quarta-feira, 22, na CPI da Saúde, a empresária Criselidea Bezerra de Moraes, atual dona da empresa Norte Serviços Médicos, teve o seu pedido de permanecer calada durante o interrogatório negado na Justiça pelo  desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM),  Sabino Marques.

O desembargador afirmou que a empresaria apresentou “meras conjecturas” sobre a “eminência de sofrer constrangimento ilegal ” na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), e negou-lhe o pedido de ficar calada.

Durante as oitivas da comissão, os depoentes estão tendo o direito de ficar calado e não são obrigados a responder às perguntas, além de serem acompanhados pelos seus advogados.

O depoimento de Criselidea Moraes está sendo aguardado com expectativa pelo presidente do colegiado, o deputado Delegado Péricles (PSL), e será fundamental para esclarecer suspeitas de que a empresária não foi a autora dos serviços contratados, e que a empresa investigada seja de “fachada para desviar dinheiro público”.

De acordo com as investigações, a Norte Serviços Médicos afirma ter lavado 44 toneladas de roupas no período da pandemia para o Hospital de Campanha Nilton Lins em 13 dias durante a pandemia quando apenas quatro pacientes estavam internados. As investigações apontam que no período de três anos a empresa faturou quase R$ 25 milhões do governo do Estado.

O desembargador Sabino Marques, ao negar o habeas corpus, citou que “a convocação da paciente (Criselidea Moraes) para prestar esclarecimento acerca da prestação de serviços no Hospital de Campanha da Nilton Lins lhe garante, em verdade, o direito ao contraditório e ampla defesa, assegurando o direito de se defender, ab initio, dos fatos que estão sendo investigados”.

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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