Afastada das redes sociais e da mídia desde que foi presa na Operação Vertex, desdobramento da Operação Maus Caminhos, em 2019, a ex-primeira dama do Amazonas, Nejmi Abdel Aziz, pode retornar à vida pública e, assumir uma vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) caso um dos três deputados eleitos pela coligação PSB/PRB/DEM, e que são pré-candidatos a prefeito, tenham êxito nas eleições municipais deste ano. Nejmi, que foi candidata a deputada estadual nas eleições de 2018, é a primeira suplente desta coligação, onde recebeu 19.959.
Os deputados eleitos pela coligação foram Ricardo Nicolau (PSD), Augusto Ferraz (DEM), Josué Neto – que ainda estava no PSD – e João Luiz (Republicanos).
O deputado estadual Ricardo Nicolau, que teve 30.134 votos, anunciou sua pré-candidatura a prefeito de Manaus no início deste mês e vem construindo alianças para fortalecer seu nome na disputa. Ele já conseguiu o apoio do Solidariedade e do PSB.
Outro que sonha com o cargo de prefeito da capital amazonense é o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto, que alcançou 26.924 votos nas eleições de 2018. Neto se elegeu pelo PSD e, no primeiro semestre deste ano se desfiliou do partido e ingressou para o PRTB, partido comandado nacionalmente pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Nejmi também pode assumir a vaga, caso o deputado estadual Augusto Ferraz, que teve 26.663 votos, e é pré-candidato a prefeito do município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manas), se eleja.
Em qualquer um destes cenários, caso um dos três tenha êxito, a ex-primeira-dama assume a vaga como titular, em definitivo, e não apenas temporariamente, como suplente.
No PSD, internamente, o partido está trabalhando arduamente para eleger Ricardo Nicolau o próximo prefeito de Manaus. Atualmente, ele aparece com menos de 2% nas intenções de voto em pesquisas eleitorais divulgadas recentemente.
Operação
Nejmi Aziz foi presa no dia 19 de julho do ano passado, em Manaus, durante a Operação Vertex da Polícia Federal, um desdobramento da Maus Caminhos, que investiga crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e uma organização criminosa que desviou recursos da Saúde do Amazonas.
Em 2018, quando se lançou candidata, a ex-primeira dama declarou um patrimônio de R$ 30.329.324,86.
Desde que saiu da prisão, Nejmi desativou suas redes sociais e não fez mais nenhuma aparição pública.
Álik Menezes, para O Poder
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