outubro 17, 2024 23:41

PGR abre investigação para apurar supostos pagamentos da JBS para Wassef 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou a abertura de uma investigação para apurar sobre supostos pagamentos realizados pela JBS a Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, e eventuais implicações nos acordos de colaboração firmados por executivos da companhia com a PGR.

Serão pedidos as informações ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre os pagamentos entre 2015 e 2020, que teriam sido identificados por meio de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), segundo a nota do órgão.

A chamada notícia de fato foi instaurada pela PGR após a revista Crusoé alegar que Wassef recebeu 9 milhões de reais da JBS, e que ele teria se encontrado com um subprocurador da República que fazia parte da força-tarefa da Lava-Jato para defender a manutenção do acordo de delação.

“Eventual irregularidade poderá reforçar os indícios de omissão nos acordos de colaboração premiada dos executivos da companhia”, afirmou a PGR.

Ainda de acordo com o órgão, Aras não participou de nenhum dos contatos que trataram e eventual proposta de repactuação do acordo de colaboração premiada da JBS com envolvimento de Wassef, e que o procurador-geral não recebeu solicitação de nenhuma natureza por parte do presidente Jair Bolsonaro e desconhece supostos telefonemas do presidente para qualquer membro do MPF.

Resposta 

Em nota enviada à Reuters, Wassef informou que qualquer tema relacionado à JBS ou a qualquer outro cliente de seu escritório não foi tratado com Aras.

“Dentro das minhas competências como advogado, não atuei junto à PGR em nome da JBS no final de 2019 conforme noticiado pela mídia. É importante salientar ainda que o presidente da República, Jair Bolsonaro, jamais ligou ou pediu para que o Procurador-Geral da República, dr. Augusto Aras, me atendesse”, disse.

A JBS informou, também por meio de nota, que o escritório de Wassef não representa nem se manifesta em nome da empresa junto à PGR, tendo prestado serviços à companhia que tiveram como finalidade apenas atuação em inquéritos na esfera policial.

“Esses serviços foram prestados e pagos mediante emissão de notas fiscais, sendo a última referente ao ano de 2019”, acrescentou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Reuters 

Foto: Sérgio Lima/Poder360 

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