Nesta segunda-feira, 31, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, sai de seu cargo deixando o órgão de vigilância global sem liderança à medida que enfrenta a maior crise em seus 25 anos de história.
“Este é de fato um novo — embora infelizmente não surpreendente — ponto baixo para a OMC”, disse Rohinton Medhora, presidente do Centro para Inovação em Governança Internacional. “A organização está sem direção há algum tempo, vários anos na verdade, e agora estará funcionalmente sem liderança”, acrescentou.
O tribunal de apelações da OMC, em particular, que administra conflitos comerciais internacionais, foi paralisado após um bloqueio de Washington à nomeação de novos juízes.
Em 1999, um vácuo de liderança de quatro meses na OMC resultou em algo prejudicial, e diretrizes para evitar uma repetição dessa situação previam que os 164 membros escolhessem um substituto temporário entre quatro atuais vices. Mas a insistência de Washington em seu candidato impediu um acordo, deixando um vácuo que durará meses.
Agora, Azevêdo se prepara para um novo emprego na PepsiCo, e oito candidatos disputam seu lugar.
Conteúdo: Reuters
Foto: Denis Balibouse/Reuters