A disputa pela Prefeitura de Manaus abrange um cenário totalmente masculino. A cada eleição, este cenário vem se solidificando na capital amazonense com pouca ou nenhuma candidatura feminina encabeçando chapa. Em raras exceções, aparecem mulheres na chapa majoritária, mas na condição de vice. O que acaba indo na contramão dos números.
O Estado do Amazonas, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui 3.983 milhões habitantes, destes, 1.981 milhão são do sexo masculino e 2.002 milhões habitantes, do sexo feminino. Aliado a isso, mais de 50% do eleitorado amazonense é de mulheres, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar disso, o número de candidatas mulheres que concorrem às eleições municipais continua sendo “ofuscada” pela presença massiva de homens em busca de um cargo político, especificamente, o Executivo.
Conforme divulgado pelo O Poder, 11 candidatos disputam os votos da população manauara no pleito que ocorrerá no dia 15 de novembro, porém, apenas 4 vices são mulheres:
Alfredo Nascimento (PL) e Conceição Sampaio (PSDB); Gilberto Vasconcelos e Maria Auxiliadora, ambos do PSTU; José Ricardo (PT) e Marklise Siqueira (Psol); Marcelo Amil e Dora Brasil, ambos do PCdoB.
Mulheres na eleição passada
Na eleição municipal anterior, em 2016, onde Arthur Neto (PSDB) foi eleito prefeito de Manaus, com o vice, Marcos Rotta (DEM), apenas duas mulheres concorreram a vice-prefeitura à época.
Juntos pelo PSB, o então candidato Serafim Corrêa tinha como vice a professora Cristiane Balieiro, enquanto o Professor Queiroz (Psol) caminhava com Taly Nayandra (PCB).
Fazendo um comparativo com a eleição deste ano, a presença das mulheres cresceu, mas não chegou a ser consagrado o suficiente para Manaus obter pela primeira vez a presença feminina disputando a prefeitura.
A reportagem entrou em contato com a ativista Marklize Siqueira, que integra a Bancada Coletiva, do Psol, que inclusive é uma das vices a concorrer nessas eleições, para abordar sobre a representatividade feminina na política, sem sucesso.
Ana Flávia Oliveira, O Poder
Foto: Reprodução/ TV Senado