Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) repercutiram a declaração do prefeito Arthur Neto (PSDB) em entrevista à CNN Brasil, que propôs um novo lockdown de duas semanas na capital amazonense, após o aumento de casos da Covid-19.
Priorizando a economia, a classe trabalhadora, as medidas de prevenção e distanciamento social, além de criticar o retorno das aulas, os parlamentares reforçaram os seus pronunciamentos descartando o apoio ao decreto do lockdown.
O líder do PMN, Cláudio Proença, após ter analisado inúmeras propostas do governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus, acredita que algumas dessas decisões estão sendo feitas de maneira “açodada”, ou seja, precipitada.
“Nós precisamos buscar ouvir a sociedade, ouvir os segmentos, segmentos da área empresarial, não é simplesmente pegar e tomar a decisão”, diz o vereador sobre o anúncio de lockdown feito pelo prefeito.
Proença ainda sugeriu uma audiência pública da casa com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Abrasel e a Comissão de Saúde da casa para debater sobre as condições e encontrar meios de solucionar a situação dos trabalhadores durante a pandemia.
“Eu acho em relação as escolas é uma aglomeração em massa, que vai trazer de novo o vírus em foco como está tendo um alto índice, aumentando a cada dia que passa o vírus aqui no Amazonas”, acrescenta Isaac Tayah (DC), no pronunciamento do colega.
De acordo com Bessa (Solidariedade), é necessário uma maior fiscalização nos protocolos impostos pelos órgãos de controle, sem a necessidade de prejudicar todos os estabelecimentos em razão do descumprimento de alguns. “Nós não podemos é simplesmente fechar tudo e proibir as pessoas de se divertirem e aqueles outros de ganhar o seu pão de cada dia”, frisa.
“É preciso que se discuta muito o pós-pandemia, a economia, que volta a corresponder e quando tem um comportamento tanto do executivo estadual quanto do executivo municipal proibindo, se discutindo o lockdown”, destaca o vereador Diego Afonso (PSL), priorizando a participação da casa nas propostas decretadas.
Ana Flávia Oliveira, para O Poder
Foto: CMM