Ao abordar sobre ausência de ações e a extinção de planos em defesa da saúde da mulher, durante sessão plenária desta terça-feira, 20, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), as vereadoras Profª Jacqueline (Podemos) e Mirtes Salles (Republicanos) aproveitaram para criticar a minoria feminina na política de Manaus
“É vergonhoso dizer que estamos no Outubro Rosa, que a gente bota aquele lacinho, nem lacinho eu coloquei sabe? Porque a gente fica cansado de ‘faz-de-conta’ que tá tudo bem, faz de conta que o lacinho vai resolver a saúde da mulher e aí eu digo aqui, não resolve lacinho, não se resolver outubro rosa, agosto lilás”, dispara a ex-aliada do Executivo municipal.
Vinculando essa ausência gradativa de ações em prol da mulher, a vereadora citou a falta da presença feminina na casa legislativa de Manaus.
“Nós não temos mulheres nos parlamentos, as que têm são poucas, com baixa representatividade e aí a gente tem ausência de políticas públicas mesmo”, acrescenta Jacqueline.
Na esteira do discurso da colega, Mirtes Sales disse que “grito” delas ainda é muito pequeno na CMM, mas mesmo com esse quantitativo baixo, elas conseguem trazer algum efeito para à população feminina juntamente com o apoio dos colegas.
“Os vereadores têm apoiado todas as vezes que nós colocamos algum projeto em pauta relativo às mulheres, nós contamos com a totalidade dos vereadores apoiando e isso é muito importante. Nós não queremos aqui ser melhor que os homens, não se trata de política separatista, não é uma guerra dos sexos, nós apenas queremos ser respeitadas, nós apenas queremos ter o nosso espaço garantido”, diz a vereadora.
Atualmente, dentre os 41 vereadores que compõem a Câmara de Manaus, apenas três são mulheres. Glória Carratte (PL), Mirtes Salles e Jacqueline. As três disputam a reeleição.
Da Redação O Poder
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