O diretor Dimas Covas disse que o Instituto Butantan está realizando testes para verificar a eficácia da CoronaVac contra a variante do coronavírus que foi descoberta recentemente no Amazonas. Ele mostrou otimismo sobre o assunto.
A CoronaVac foi desenvolvida em parceria com o laboratório chinês SinoVac. Dimas contou que, enquanto chineses fazem testes contra variantes detectadas na Inglaterra e na África do Sul, o Butantan analisa a eficácia contra a variante do Amazonas.
“Essa vacina foi testada na China contra variantes inglesa e sul-africana. No Butantan estamos testando se a resposta imunológica também é efetiva contra cepa amazônica. Adianto que, mantendo efetividade contra cepa inglesa e sul-africana, deverá ser eficiente contra cepa amazônica”, estimou Dimas em entrevista à Globonews.
Dimas explicou que a CoronaVac tem uma vantagem natural contra outras vacinas nesse aspecto.
“A vacina do Butantan é baseada no vírus inteiro inativado. Ele é quebrado em pedaços, então a resposta que induz é ampla. É diferente de outras vacinas que produz resposta só contra proteína S. Vacinas baseadas na proteína S têm preocupação maior que a vacina do Butantan”, afirmou Dimas.
O Instituto Butantan já tem acordo assinado para entregar 46 milhões de doses de CoronaVac para o Ministério da Saúde, que distribui os imunizantes para todo o Brasil. Hoje Dimas revelou que o governo federal mostrou intenção de comprar mais 54 milhões de doses. O acordo deve ser formalizado na semana que vem.