O Projeto de Lei 216/2020 que dispõe sobre a proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas foi debatido de forma enfática pelos vereadores durante a Sessão Plenária desta quarta-feira, 3, da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
De autoria da vereadora Glória Carratte (PL) e subscrito pelo vereador Fransuá (PV) e com parecer favorável da 10ª Comissão de Turismo, Indústria, Comércio, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (COMTICDETRE), o Projeto foi encaminhado para a 19ª Comissão de Defesa do Consumidor (COMDEC) com votos contrários dos vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e William Alemão (CIDADANIA).
Meio Ambiente x Desemprego
O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Casa, vereador Márcio Tavares (Republicanos), comentou sobre a preocupação com o futuro daqueles que trabalham diretamente com as sacolas plásticas e com a possibilidade do Projeto de Lei acabar gerando desemprego.
“Temos que analisar muito bem. Não é só proibir. Também temos que fazer uma campanha de uso consciente das sacolas plásticas. Muitas pessoas não têm condições de comprar sacola de lixo e, por isso, pegam as sacolas de supermercado e as utilizam”, exemplificou.
Já o vereador Raulzinho (PSDB), por um lado, mostrou sua preocupação com o meio ambiente mas, por outro, também manifestou receio com o possível desemprego. A mesma aflição foi compartilhada pelos vereadores Marcel Alexandre (Podemos), Lissandro Breval (Avante) e Sassá da Construção Civil (PT).
“É incalculável o benefício que esse PL vai dar ao meio ambiente e para Manaus”, elogiou Diego Afonso (PSL) destacando que assim os cidadãos manauaras terão educação ambiental e, futuramente, uma cultura voltada ao assunto. Ele também disse que é preciso que o Parlamento Municipal faça mais matérias que beneficiem o meio ambiente.
Na defesa do Projeto de Lei, o vereador Fransuá disse que o projeto impedirá que as sacolas plásticas cheguem aos igarapés e áreas verdes de Manaus.
Priscila Rosas, para O Poder
FOTO: ROBERVALDO ROCHA / CMM