O mundo chegou neste sábado, 17, à triste marca de 3 milhões de mortes causadas pela Covid-19, em meio à piora da pandemia na América do Sul, principalmente por causa do Brasil, e também pela aceleração no número de óbitos na Ásia.
Em três meses, o mundo registrou 1 milhão de mortes – em 14 de janeiro, a Covid-19 atingiu a marca de 2 milhões de óbitos. Já a de 1 milhão de mortos foi registrada em 28 de setembro de 2020.
Em média, foram registrados 12 mil mortos por dia em todo o planeta na última semana, aproximando-se aos 14.500 óbitos diários do final de janeiro, no pico da pandemia. Além disso, cerca de 140 milhões de casos foram contabilizados no mundo desde o início da crise sanitária – atualmente, são 730 mil por dia, número em constante alta desde o fim de fevereiro.
Com 5,5% da população mundial, a América do Sul concentra cerca de um terço das novas vítimas do novo coronavírus atualmente. O Brasil tem cerca de 2,7% dos habitantes do mundo e é responsável por cerca de um quarto de todas as novas mortes.
A primeira morte causada pelo novo coronavírus (‘um homem de 61 anos com uma misteriosa pneumonia virial”) foi registrada oficialmente em 9 de janeiro de 2020 em Wuhan, na China, e desde então o vírus se espalhou pelo mundo.
Foram 263 dias até o mundo chegar à marca de 1 milhão de vítimas da Covid, 109 dias para chegar aos 2 milhões de óbitos e apenas 92 dias para chegar aos 3 milhões.
- 9 de janeiro de 2020: 1ª morte
- 28 de setembro de 2020: 1 milhão de mortes:(263 dias desde a 1ª morte)
- 15 de janeiro de 2021: 2 milhões:(109 dias desde o 1º milhão de mortes)
- 17 de abril de 2021: 3 milhões: (92 diasdesde os 2 milhões)
A Europa é a região mais afetada pela pandemia, com quase um milhão de mortes por Covid-19, seguida pela América do Norte e América do Sul. Os números são do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.
- Europa: 968 mil (32,3% do total de óbitos do mundo)
- América do Norte: 829 mil (27,6%)
- América do Sul: 611 mil (20,4%)
- Ásia: 458 mil (15,3%)
- África: 117 mil (3,9%)
- Oceania: 1 mil (0,03%)
Entre os dez países com mais mortes por Covid-19, 5 são da Europa (Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Espanha), 2 são da América do Norte (EUA e México), 2 são da Ásia (Índia e Rússia) e 1 é da América do Sul (Brasil):
- Estados Unidos: 566 mil
- Brasil: 368 mil
- México: 211 mil
- Índia: 175 mil
- Reino Unido: 127 mil
- Itália: 116 mil 7.
- Rússia: 103 mil
- França: 100 mil 9.
- Alemanha: 79 mil
- Espanha: 76 mil
Região mais populosa do mundo, com 59,6% dos habitantes do planeta, a Ásia tem apenas 15,3% dos óbitos, mas está passando por uma aceleração no número de mortes. O número de vítimas saltou de uma média de 900 por dia no começo de março para mais de 2,3 mil atualmente.
A África tem menos de 4% das mortes por Covid-19 confirmadas e a Oceania, região menos afetada pelo vírus, tem pouco mais de 1 mil mortes desde o início da pandemia.
Apesar de serem as regiões mais afetadas (em número absolutos), Europa e América do Norte viram o número de óbitos recuarem desde o pico registrado em janeiro. Enquanto isso, a América do Sul, puxada pelo Brasil, se transformou na região mais letal da pandemia.
O número diário de vítimas na Europa caiu de uma média de 5,6 mil por dia no fim de janeiro para cerca de 3,6 mil atualmente. O da América do Norte despencou de 4,9 mil para 1,5 mil na mesma base de comparação.
Escalada de mortes na América do Sul
No sentido contrário, o número diário de mortes na América do Sul disparou de 1,7 mil no meio de fevereiro para mais de 4,2 mil atualmente em apenas dois meses. O Brasil é responsável por mais de 70% dos novos óbitos registrados na região.
Com a escalada da pandemia no Brasil, a região concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas da Covid-19 do mundo e o país, um quarto. Sendo que a América do Sul tem apenas 5,5% da população mundial e o Brasil, cerca de 2,7%.
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que é o braço da OMS nas Américas, alertou que a situação da pandemia na América do Sul é a que mais preocupa no mundo (veja no vídeo abaixo).
A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirmou na quarta-feira (14) que as Américas — não só a do Sul — não estão se comportando como um continente que vive um surto cada vez mais grave.
“Variantes altamente transmissíveis estão se espalhando e as medidas de distanciamento social não são tão estritamente observadas como antes”, afirmou Etienne.
Conteúdo: G1
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