A elaboração de um mega projeto de engenharia para construção de um “Piscinão” em Manaus para evitar enxurradas foi proposta pelo vereador Sandro Maia (Democratas) depois da forte chuva desta semana, que alagou o abrigo dos venezuelanos na avenida Torquato Tapajós. Maia citou como exemplo o famoso “Piscinão de Ramos” no Rio de janeiro que, naquele município, é utilizado para o lazer da comunidade.
“No Rio de Janeiro tem o Piscinão de Ramos. Temos que ter em Manaus os piscinões para dar tempo de as chuvas escoarem para o rio. O problema é que aterraram áreas e diminuíram os leitos dos igarapés. Não é fácil resolver esse problema e apenas ir lá desentupir um bueiro. O governo e a prefeitura tem que ver com cuidado esse problema. Hoje não tem mais para onde escorrer essa água porque aterraram tudo”, afirmou.
Sandro Maia também pediu uma ação conjunta entre a Prefeitura de Manaus e o governo do Estado para que o ousado projeto seja realizado. Maia destacou que antes as alagações aconteciam em pontos isolados, mas agora, devido às obras de aterro na cidade, as águas estão ficando sem ter como escoar naturalmente.
“Vocês lembram quando pegou fogo ali perto do São Jorge e o governo fez o aterro e a ideia foi muito boa? Mas essas águas estão represando no São Jorge, no Morrinho dos galpões das escolas de samba e agora está alagando no Alvorada 2. Pedi para o secretário municipal de Infraestrutura entrar em contrato com a Seinfra porque precisamos de uma ação conjunta. Não é mais uma simples chuva, qualquer chuva vai alagar esses bairros”, alertou.
O vereador ainda sugeriu que o secretário municipal de Infraestrutura, o vice-prefeito Marcos Rotta, que verifique na orla de Manaus o melhor local para construção do “piscinão”.
“Agora temos que pegar a engenharia do governo do Estado e prefeitura para ver uma solução. O problema é muito sério. Dei uma ideia ao secretário de obras que pegue uma rabeta e vá pelo leito do rio para ver o local para criar o piscinão”, sugeriu.
Na esteira do colega, Marcel Alexandre (Podemos) citou que em outras cidades e países para conter as alagações já utilizam essa engenhara de altíssimo nível.
“Temos um crédito ambiental gigantesco para ser utilizado. Acredito que a prefeitura tem limitação de recursos para essa engenharia. É preciso que entre o governo do Estado e o governo federal pelo Ministério das Cidades”, ressaltou.
Caio André (PSC) também concordou que os problemas de alagações em Manaus tem que ser levado ao governo do Estado e até a entidades internacionais. “Vamos unir forças com o governo do Estado, governo federal e órgãos internacionais para resolver definitivamente os problemas de alagações em Manaus”, destacou.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Divulgação