Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) querem um documento apenas deles na briga em defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM). Os parlamentares participam da Carta Aberta em conjunto para o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, acreditam que precisam de um documento “exclusivo” para enfatizar a posição da CMM.
Lissandro Breval (Avante) pediu, por meio de uma questão de ordem, uma moção de Repúdio da CMM em relação ao Decreto Presidencial que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e retira a competitividade da ZFM. O vice-presidente da Casa Legislativa, Wallace Oliveira (Pros) concordou e lembrou que o presidente do Parlamento Municipal, David Reis (Avante), representou a Câmara na reunião com os principais políticos do Estado.
“Essa Casa tem que ter papel de protagonista nesse episódio. É uma situação muito grave e, infelizmente, estão politizando isso”, criticou.
“A economia manauara depende do Polo Industrial de Manaus (PIM). Portanto, esta Casa tem que ser protagonista. Nós precisamos criar uma comissão para estar atento a todos os passos e acompanhar”, pediu o vereador ressaltando que, no Parlamento, existem vários colegas de diferentes áreas e esquecendo que a Casa tem uma Comissão e uma Frente Parlamentar voltadas para a ZFM.
David Reis ressaltou que a CMM está representada na Carta, porém o posicionamento da Casa Legislativa de forma individual é uma boa ideia, uma vez que é preciso unir forças. “O modelo exitoso da ZFM é uma riqueza enraizada nos nossos solos, mas que presta um serviço a toda a humanidade. Nós devemos ter um olhar para a grandiosidade que o problema requer”, explicou.
A ameaça que a ZFM está sofrendo com a redução de 25% do IPI, bem como as consequências, como a saída da Heineken, e críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, são os assuntos que estão “dominando” o discurso dos vereadores na Sessão Ordinária desta segunda-feira, 7.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/CMM
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins