Em plena semana do 55º Festival Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), o porto da cidade está fechado por falta de manutenção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O caso repercutiu na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira, 22.
O deputado Saullo Vianna (União Brasil), que é parintinense, foi o primeiro a usar a tribuna para criticar o governo federal pela falta de investimentos no porto amazonense. “Hoje, foi publicado no Diário Oficial, infelizmente, que o Porto de Parintins foi interditado por causa da falta de manutenção da balsa. Logo na semana do festival, quando milhares de turistas chegam à cidade de barco e o porto foi fechado. Quando Parintins mais precisa, pois o festival é a indústria que gera emprego e renda. Isso é reflexo do que o DNIT deveria fazer no Amazonas e não faz. Também temos a BR-319 (Manaus/Porto Velho) totalmente abandonada por falta de manutenção e vários portos do Amazonas estão sem operar”, alfinetou.
Na esteira do colega, Serafim Corrêa (PSB) se manifestou. “Com relação ao DNIT, eu volto à máquina do tempo e lembro-me que, lá na Federação das Indústrias, eu ouvi o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, dizer que se a BR-319 não estivesse pronta em dois anos, ele iria comer a boina. Pelo visto, vamos ter vice-presidente comendo boina. Lamento profundamente a atenção que o governo federal dá ao povo do Amazonas e, nesse caso em especial, ao povo de Parintins, que merece todo carinho e respeito”, ressaltou.
Sinésio Campos (PT) criticou o DNIT e citou que parte do Porto de Manaus também afundou recentemente. “Quero externar a minha solidariedade ao povo parintinense. E o problema no porto de Parintins já aconteceu em outros momentos. No Careiro da Várzea há um porto que sequer pode entrar uma moto. Aqui em Manaus, parte do porto foi para o fundo e dizem que furtaram as boias”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder