A falta de pagamento do piso salarial dos professores com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi cobrado nesta quarta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Alguns prefeitos do interior ainda não efetuaram o pagamento aos servidores.
O deputado Serafim Corrêa (PSB) apresentou um balanço do crescimento da arrecadação do Fundeb dos últimos cinco anos. De acordo com o parlamentar, em 2018 foi arrecadado, pelo governo do Estado, R$ 919 milhões, em 2019, R$ 897 milhões, em 2020, R$ 971 milhões e em 2021 pulou para R$ 1,411 bilhões. Em 2022 caiu para R$ 1,318 bilhões.
“Fechamos o primeiro semestre e eu peguei a série histórica dos primeiros semestres dos últimos cinco anos. Quando vamos para o conjunto dos 62 municípios em 2018, R$ 1,160 bilhões, em 2019, R$ 1,128, em 2020, R$ 1,257 bilhões, em 2021, R$ 1,598 bilhões e em 2022, para R$ 1,728 bilhões. Eu trago esses números porque alguns prefeitos dizem que não podem pagar o piso dos professores. O Fundeb existe exatamente para assegurar o pagamento do piso dos professores. E o crescimento se pegarmos de 2018 pra cá nos municípios passou de R$ 1,160 bilhões para R$ 1,728 bilhões. Portanto praticamente R$ 600 milhões a mais é muito dinheiro”, alfinetou.
Serafim afirmou, sem citar nomes de prefeitos e quais municípios não estão pagando o Fundeb, que não procede a negativa de alguns prefeitos do interior. Segundo o deputado, a maioria dos prefeitos vem honrando os compromissos com os professores. “A negativa de alguns prefeitos do interior em não pagar o piso nacional dos professores do Ensino Fundamental não procede. Faço um apelo a todos os prefeitos para que paguem o piso salarial dos professores. Amanhã eu darei de município por município a evolução histórica”, prometeu.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder.