A necessidade da criação de novas alternativas econômicas para o Amazonas, reduzindo a dependência da Zona Franca de Manaus (ZFM), vai ser tema de debate na 1ª Conferência Internacional de Finanças Sustentáveis e Economia Criativa da Amazônia, realizada pelo Governo do Estado. O evento acontece nesta segunda-feira, 19, e vai até terça-feira, 20, a partir das 18h, no Palácio Rio Negro, localizado na avenida 7 de setembro, Centro de Manaus.
Entre os principais temas que fazem parte do debate está a discussão que vem sendo tratadas no cenário internacional da venda de “créditos de carbono”, que pode gerar uma receita de bilhões de dólares para os países que, como o Brasil, em especial no Estado do Amazonas mantem mais de 90% da sua floresta intacta. O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Pedro Nascimento confirmou presença no evento.
A primeira palestra de hoje tem como tema: “Amazônia – Realidade e Desafios”, ministrada por Acram Isper Júnior, presidente da CADA (Companhia Amazonense de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos), e pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT). A partir de amanhã, os debates continuam.
Crédito de carbono
De acordo com o advogado e economista administrador, Farid Mendonça, a conferência realizada pela Cada é muito importante por propor uma nova discussão que vem sendo debatida nos fóruns internacionais, organizações governamentais da necessidade de criar alternativas econômicas para o Amazonas.
“Não estou defendendo o fim da Zona Franca de Manaus, pelo contrário, mas a sua manutenção. E uma dessas alternativas econômicas que se coloca na mesa no mundo hoje é a questão dos títulos de crédito de carbono, a economia verde. O Amazonas tem um estoque de reserva florestal muito grande e intacta. A situação está cada vez mais caótica no ponto de vista ambiental no mundo todo. E nós conseguimos manter toda essa reserva de floresta. Isso é um ativo ambiental poderoso que nós temos. O Brasil tem também uma matriz energética muito limpa se formos comparar com o resto do mundo”, destacou.
Augusto Costa, para O Poder
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