novembro 22, 2024 21:05

Moraes quer que PF ouça ex-ministro do GSI e pede dados dos servidores em vídeos de golpistas

Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a Polícia Federal vai ouvir, em até 48 horas, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias sobre os novos vídeos da área interna do Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

Moraes também determinou que o novo chefe interino do GSI, Ricardo Cappelli, informe ao STF em 24 horas a identificação de todos os servidores – civis e militares – que aparecem nas imagens. O documento foi assinado por Moraes nessa quarta-feira, 19, e tornado público nesta quinta-feira, 20.

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, afirma trecho da decisão.

Moraes também determinou que o governo informe se cumpriu integralmente duas decisões anteriores assinadas por ele: a obtenção das imagens de todas as câmeras do Distrito Federal e a oitiva de todos os envolvidos na contenção dos atos.

As novas imagens foram divulgadas pela CNN e mostram o então ministro do GSI, Gonçalves Dias, e servidores do ministério caminhando entre manifestantes golpistas nos andares mais altos do Palácio do Planalto, no momento da invasão em 8 de janeiro.

Nos vídeos, a equipe do GSI dá água para os invasores e indica uma saída de emergência a eles. O general Gonçalves Dias diz que sua equipe estava direcionando os bolsonaristas que invadiram o Planalto para o segundo andar, onde seriam presos.

Horas após as imagens terem sido divulgadas, Dias e o número 2 do GSI, Ricardo José Nigri, pediram demissão dos cargos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu que o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, será o ministro interino do GSI. Cappelli foi, também, o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal nas semanas posteriores aos atos golpistas.

 

 

Da Redação, com informações do G1

Foto: Reprodução 

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