A venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) ao Grupo Atem, em novembro do ano passado, ao contrário do que foi proposto, tem se evidenciado praticamente pelo desserviço à sociedade amazonense, entregando muito pouco no que diz respeito às quadas nos valores dos combustíveis mesmo com as constantes reduções anunciadas pela Petrobras.
Só no último mês, a Petrobras já anunciou a redução no preço da gasolina e do diesel, quatro e seis vezes consecutivas, respectivamente. No entanto, mesmo com o valor reduzido pela estatal, os preços cobrados nos postos de gasolina seguiam estável ou, o que é pior, elevavam mesmo que minimamente.
O Grupo Atem se tornou vilão dos consumidores amazonenses, aumentando o valor do litro da gasolina no Amazonas em 20% até então, enquanto o preço médio nacional subiu 0,8% neste período.
Nesta terça-feira, 16, a Petrobras deve anunciar mais uma redução no valor dos combustíveis. Desta vez, levando em consideração os custos internos de produção e transporte, seguindo as diferenças de cada região.
Ou seja, espera-se que a nova política de preços da estatal seja refletida nos postos de Manaus. Caso contrário, a refinaria comandada pelo Grupo Atem corre um sério risco de ser desestatizada.
Isto porque, uma das principais defesas do presidente Lula (PT) é ‘abrasileirar’ os preços da gasolina e do diesel e, ainda, tirar pautas estatizantes de negócios estratégicos para a economia brasileira, o que inclui Correios e refinarias, por exemplo.
Venda da refinaria já era algo questionável
Antes mesmo da refinaria ser vendida ao Grupo Atem, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já alertava aos riscos de se ter, no estado, um “monopólio privado regional”.
Prates destacava que o grupo já se beneficiava com a isenção de PIS/Cofins para combustíveis por quatro, algo que, à época, segundo ele, nem a Petrobas havia conseguido.
Da Redação, Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder