Na contramão do que se vê em inúmeras capitais brasileiras, o preço da gasolina em Manaus não tem baixado mesmo com os constantes anúncios de redução feitos pela Petrobras.
Na última sexta-feira, 30, a estatal fez o anúncio de uma nova redução que baixaria o litro da gasolina em, pelo menos, R$ 0,14, equivalente a 5,3%.
A redução valeria a partir de sábado, 1⁰/7, o que não aconteceu. Nesta segunda-feira, 3, Manaus acordou com a gasolina ainda mais cara. A média do valor saltou de R$ 5,99 para R$ 6,29, um aumento de 5%.
Desde que passou a ser controlada pelo Grupo Atem, em dezembro do ano passado quando foi privatizada, a gasolina nos postos do Amazonas ficou, pelo menos, 20% mais cara, enquanto o preço médio nacional subiu 0,8%.
Na semana passada, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcos Ribeiro, acusou o Grupo Atem de não ter compromisso com a população amazonense, “mas apenas com o lucro”. Ele chegou a indicar que, caso a política de preços da Petrobras fosse praticada no estado, o consumidor amazonense gastaria entre R$ 4,20 e R$ 4,50 pelo litro da gasolina.
Em nota, o Grupo Atem se defendeu e disse que o preço final ao consumidor inclui ainda custos e margem das distribuidoras e dos postos revendedores, e os impostos federal e estadual. Leia:
“A Refinaria da Amazônia (Ream) esclarece que não determina os preços dos combustíveis praticados pelos postos de gasolina. Até chegar ao consumidor, há uma cadeia de processos e agentes para que a gasolina A chegue nas bombas como gasolina C.
A venda dos derivados de petróleo pela refinaria é feita direto para as distribuidoras, que realizam ainda processos internos, como a mistura de etanol na gasolina A, para deixar o produto pronto para o consumo. Além disso, são responsáveis pelos serviços de armazenagem e de logística de coleta e de entrega dos combustíveis aos revendedores. O preço final ao consumidor inclui ainda custos e margem das distribuidoras e dos postos revendedores, e os impostos federal e estadual”.
Da Redação O Poder
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