julho 7, 2024 05:25

Prefeitos do AM decretam riscos financeiros, mas esbanjam com gastos supérfluos

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Pelo menos cinco prefeitos do Amazonas, desde o início do segundo semestre deste ano, decretaram situações de risco financeiro nos seus municípios e elencaram uma série de medidas para conter gastos. No entanto, eles têm mantido a ‘tradição’ de gastar com superficialidades mesmo indicando supostas crises econômicas.

Um destes prefeitos é Clóvis Curubão (PT), que administra o município de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus).

No dia 18 de julho deste ano, ele assinou um decreto de contenção de despesas com dez medidas, objetivando o equilíbrio financeiro da cidade. No entanto, um mês depois, Curubão ‘tietava’ a cantora Mari Fernandez – e tantos outros artistas locais e nacionais – no Festribal, evento do município que durou cinco dias.

Acostumado a fechar contratos milionários, o prefeito de Rio Preto da Eva (a 80 quilômetros de Manaus), Anderson Sousa (PP), é outro gestor que pode figurar a lista.

Em live, no dia 21 de agosto, Anderson Sousa anunciou que o município precisava conter 20% nos gastos da Administração Pública e que, por isso, estava suspendendo obras, eventos e, até, programas sociais. No entanto, nos bastidores políticos comenta-se que o prefeito de Rio Preto da Eva gastou além da conta e não se programou financeiramente para este segundo semestre.

Enrico Falabella (MDB), prefeito de Urucará (a 260 quilômetros de Manaus), também assinou um decreto no final de agosto apontando situação de risco financeiro no município, suspendendo a concessão e pagamento de diárias aos servidores públicos.

Mas, no primeiro semestre, Falabella gastou uma boa grana com a contratação de shows para a Festa do Divino, no município.

Os irmãos Bemerguy, ambos do MDB, também aparecem na lista.

David Bemerguy, de Benjamin Constant (a 1.123 quilômetros de Manaus), ao longo desse ano, já firmou contratos milionários para obras na cidade, aquisição de combustíveis e Internet e, ainda, para contratações temporárias. Agora, em setembro, para dar conta do alto volume de empenhos, assinou um empréstimo de quase R$ 10 milhões junto ao Banco do Brasil no início deste mês.

Em Tabatinga (a 1.106 quilômetros de Manaus), Saul Bemerguy, também no começo de setembro,  assinou um decreto alegando que o município passaria por um ajuste fiscal de contenção de gastos para que o equilíbrio financeiro fosse retomado. No entanto, antes disso, a ‘farra’ com o dinheiro público foi garantida: para o Festisol, evento que acontece apenas em outubro na cidade, Saul já contratou, por R$ 750 mil, os shows de Márcia Fellype e Zé Vaqueiro.

Da Redação O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder

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