A Câmara Municipal de Borba (a 150 quilômetros de Manaus) iniciou, na noite de segunda-feira, 18, o processo de investigação para avaliar irregularidades e a possível cassação do vice-prefeito Zé Pedro Graça (PSD). Em uma sessão que durou mais de uma hora, os vereadores passaram 30 minutos discutindo o formato dos papeis e a maneira como estavam dobrados com os nomes dos parlamentares que iriam compor a comissão processante depois do sorteio.
Durante a sessão, votaram a favor pelo recebimento da denúncia os vereadores Rodrigo Pantoja (PSL), Edilson Batista (PP), Geremias da Cruz (Republicanos), Tadeu Linhares )PV) e Pedro Paz Vieira (MDB.
A vereadora Enfermeira Tatiana (PTB), além de votar contra, questionou a denúncia da secretária municipal de Educação e afirmou que esse processo não passava de retaliação politica. Já o vereador Gecimar Batista (Avante) preferiu se abster da votação.
“No dia 30 de maio, teve um oficio dessa denunciante, que estava no cargo como secretária de Educação e nesse ofício ela dizia que a situação era emergencial e que, inclusive, não tinha ata de registro em vigor. Então, eu vejo que tem contradição do que foi assinado lá atrás e o que ela fala agora. O meu voto é contra porque eu vejo isso como uma retaliação política”, alfinetou.
Ao fim da votação o presidente da Câmara Municipal de Borba, Miguel Lima, declarou recebido a denúncia. “Decidido o recebimento da acusação pelo voto da maioria dos presentes na sessão e determino que seja constituída a Comissão Processante com três vereadores sorteados entre os desimpedidos. A comissão escolherá o presidente, relator e membros”, afirmou.
Augusto Costa, para O Poder
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