junho 5, 2025 11:39

Alberto Neto tenta justificar seu voto contrário à Reforma Tributária

Único deputado da bancada do Amazonas a votar contra a Reforma Tributária, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) tentou se justificar, na manhã desta terça-feira, 19, no programa Manha no Ar, da Rede Tiradentes.

Mesmo se contradizendo ao ser questionado, Alberto Neto afirmou que votou contra a Reforma Tributária porque ela não é boa para a Zona Franca de Manaus (ZFM), embora tenha admitido que trabalhou nos bastidores para que a Reforma favorecesse o Brasil.

“Foi notoriamente verificada que ela ataca o setor que mais emprega no Brasil, que é o setor de serviços. Então, não seria justo aprovar uma Reforma que eu assumo que tem grandes avanços na simplificação no efeito de tributação cascata, muitas vezes a nossa indústria no Brasil faz uma bitributação isso faz com que a gente perca competitividade então muitas indústria fecharam e a gente tem que resolver esse problema”, afirmou.

Alerto Neto quando perguntando se a Reforma Tributária seria ruim para o Brasil e portanto para a ZFM, disse que, não se poderia resolver o problema atacando o setor que mais emprega no Brasil que pode fazer com que o País não cresça economicamente. E que seria muito ruim inclusive para a própria indústria que está sendo beneficiada nessa Reforma Tributária.

“Exatamente foi isso que eu fiz o discurso na tribuna eu acho que a gente poderia avançar mais essa Reforma, eu falo que ela ajuda a indústria na redução da tributação ela ajuda toda a cadeia longa na acomulutividade dos créditos.  Mas quem tem cadeia curta que é o setor de serviços na sua grande maioria que é o responsável por 70% dos empregos no nosso Brasil é muito prejudicado e você dobra a tributação. Então imagina quem está trabalhando no comércio quem está fazendo serviço sabe que a água está chegando no nariz e você dobrando a tributação dessa pessoa ela vai afundar e a empresa vai fechar, vai ter desemprego e a economia não vai crescer. Então nos tinhamos que amadurecer mais essa Reforma”, enfatizou.

Reunião com Bolsonaro

Logo depois que questionou a Reforma Tributária, o deputado Alberto Neto falou que era a favorável a Reforma Tributária que tem que simplificar e que ele lutou muito durante o seu mandato para se tentar avançar e que faltou contemplar o setor de serviços.

“Como a gente não conseguiu contemplar o nosso partido o PL se reuniu junto com o presidente Bolsonaro e verificamos que essa reforma não era boa para o Brasil, então senão é bom para o Brasil também não é boa para a Zona Franca. Mas estava no último dia da Reforma estava eu e o deputado Sidney Leite o senador Eduardo Braga que foi o relator no Senado Federal, articulando nos bastidores a proteção da Zona Franca de Manaus”, se contradiz o deputado.

Jogo político

Alberto Neto afirmou anda que no jogo político pode prejudicar alguns pontos e beneficiar outros, e deu o exemplo do Nordeste e que foram feitos alguns acordos de ajudarem a Zona Franca que ele ajudaria o Nordeste. “Me ajuda na manutenção da Zona Franca que eu vou ajudar o Nordeste, então eu peguei o Partido Liberal e a gente conseguiu vários votos liberou a bancada que estava contra esse projeto então são articulações de bastidores na política. Mas em resumo, o conceito da Reforma Tributária não estava completamente maduro e foi votado numa sexta-feira com poucos deputados no plenário e faltavam ainda vários ajustes para beneficiar o nosso país que pode afetar a carga tributária do Brasil”, afirmou.

Eleito pelo Amazonas

Ao ser questionado que estava se contradizendo ao afirmar que estava defendendo os interesses do Brasil e não do Amazonas, estado que o elegeu, Alberto Neto tentou se justificar. “A Zona Franca é diferente de São Paulo. Nós não vendemos para o Amazonas, não temos um mercado consumidor gigantesco como São Paulo que tem o PIB maior do que da Argentina. São proporções diferenciadas, nós precisamos do Brasil, vivemos para o Brasil, tanto que nessa Reforma e isso é muito ruim para o nosso Estado a arrecadação sai da origem e vai para o destino e só com isso perdemos 50% da nossa arrecadação. Isso é compensado ao longo com o fundo, mas esse fundo tem prazo para acabar então é um problema que a gente precisava ainda amadurecer e isso prejudica a Zona Franca de Manaus. Então essa história que essa Reforma é boa para a ZFM isso é uma mentira”, afirmou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Reprodução

 

 

 

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