A ex-pré-candidata à Prefeitura de Manaus, Maria do Carmo (Novo), está sendo cobrada nas redes sociais pelo seu posicionamento político, depois de anunciar aceitar ser vice-prefeita na chapa de Alberto Neto (PL). Em um vídeo resgatado e divulgado na internet, ela aparece ironicamente comparando o cargo de vice a um abajur, ou seja, uma figura meramente decorativa.
“Todo mundo sabe que vice não manda nada. Então eu não posso ser um abajur”, afirmou Maria do Carmo, debochando da função.
Justificativa
Maria do Carmo se justificou citando um trecho do livro O Pequeno Príncipe, de Exubéry, ao falar que “Somos eternamente responsáveis por aqueles que cativamos”. E que em respeito àqueles que a seguem, resolveu falar do assunto que obviamente já não é mais segredo que ela decidiu abdicar da sua pré-candidatura à prefeitura para aderir à pré-candidatura do Capitão Alberto Neto na condição de vice-prefeita.
“Isso, em respeito àqueles que julgo ter cativado. Ao longo desses anos tenho sendo bem ativa nas redes sociais, mais para expor minhas opiniões sobre fatos que considero relevantes, compartilhando minas experiências, aprendizados. Mas principalmente, pra me manifestar politicamente de forma livre e coerente com o que eu sou e com o que eu penso. Sempre respeitando pensamentos e opiniões diversas. Eu sou adepta do respeito a liberdade de expressão”, afirmou.
Maria do Carmo afirmou, ainda, que as redes sociais são testemunhas que ela não costuma apagar posts e que todos sabem o que ela falou várias vezes de que não seria vice de ninguém e criticou e critica o fato de serem mulheres escolhidas apenas pra compor chapa.
“Não é o meu caso. Quando eu fui convidada pelo Capitão eu pensei na recente derrota da direita na França, em virtude de uma manobra inteligente e ai eu repensei. Eu nunca tomo decisões sem muito meditar, consultar a minha família, meus amigos, mas especialmente sem pedir a Deus que me aponte o caminho a percorrer e ele sempre me aponta. Na dinâmica da vida corrente, seja ela pública ou pessoal, não há espaços para dogmas, só os religiosos. E é sim possível mudar sem abrir mão de valores, princípios e objetivos”, disse.
Ela afirmou que o Partido Novo fala e preconiza a possibilidade de coligar em razão de identidade de ideais, princípios e valores. “Eu consultei a Executiva Nacional e obtive apoio, ponto. Churchill, em sua sabedoria estratégica, nos diz que a diferença entre o estadista e o demagogo é que esse, decide pensando nas próximas eleições, aquele, decide pensando nas próximas gerações. Então, quando eu tomei a decisão de seguir com o Capitão Alberto Neto que compartilha comigo dos mesmos ideais, princípios e valores da direita, eu vi nos seus projetos a mesma vontade que eu tenho de mudar e a certeza de que eu posso contribuir. A união é fundamental pra que a gente possa mudar a realidade de Manaus”, afirmou.
Maria do Carmo disse que o PL e o Novo e os presidentes nacionais, estaduais e municipais, estão unidos em torno do mesmo propósito. “Com o aval do nosso presidente eterno, Bolsonaro, vamos mudar. Eu me aproprio da frase de outro grande estatista, Juscelino Kubitschek, que dizia: ‘Eu costumo voltar atrás sim, não tenho compromisso com o erro'”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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