abril 11, 2025 20:33

AC: Gladson mantém um olho no Acre e outro em Brasília

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), que foi acusado de chefiar uma organização criminosa e virou réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), segue tentando escapar de um julgamento que poderia acarretar em um afastamento do cargo.

Desde o ano passado, o governador se divide entre o Acre e Brasília, na tentativa de administrar e tirar de pauta as acusações de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. As viagens que Gladson fez a Brasília não são somente para cumprir com as suas obrigações enquanto governador, e sim para articular, com advogados influentes, quais as possibilidades de escapar de uma audiência.

Relembre o caso

Gladson se tornou réu em maio do ano passado. Desde lá, segue com seu mandato de governador e até o momento não há previsão para novos desdobramentos no julgamento. A Operação Ptolomeu, que investiga os desvios de recursos públicos, iniciou em 2019.

O governador teve o seu depoimento registrado no dia 5 de novembro, e se declarou confiante na justiça e agradeceu aos familiares e ao povo do Acre. No dia 12 de novembro, Cameli foi impedido de sair do território brasileiro. A ordem partiu do próprio STJ, por meio da ministra Nancy Andrighi, relatora do caso.

Buscas no gabinete de funcionários da relatora

No dia 26 de novembro, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços de funcionários de três gabinetes de ministros do STJ. As investigações foram autorizadas pelo Superior Tribunal Federal (STF) e faziam parte da Operação Sisamnes, que investiga a suposta venda de sentenças judiciais.

O gabinete de Nancy foi um dos que tiveram as ações de busca pela PF. Nessa remessa, mais de 23 ordens de busca e apreensão foram autorizadas pelo STF, no Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.

Vale ressaltar que o colegiado recebeu a denúncia contra o governador, mas entendeu que não seria o caso de determinar o afastamento de Cameli, sob a justificativa de que as investigações de 2019 não eram atuais o bastante para justificar a medida.

 

Da Redação

Ilustração: Neto Ribeiro/Portal O Poder

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