março 19, 2025 17:36

Desembargadores afastados por corrupção receberam quase R$ 7 milhões

Após o afastamento de três desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), depois da condenação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), receberam R$6,9 milhões desde o afastamento do cargo, equivalente aos períodos de fevereiro de 2021 até fevereiro deste ano. Os três estavam cumprindo prisão domiciliar.

Os valores estavam disponíveis na base de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao longo desses quase três anos, Marcos Pinto da Cruz recebeu R$2,032 milhões, José da Fonseca Martins Junior recebeu R$2,1 milhões e Fernando Antonio Zorzenon da Silva recebeu R$2,7 milhões.

Marcos Cruz teve sua punição aplicada para 20 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial fechado, mais 54 dias-multa. José Martins teve a pena de 16 anos, 3 meses e 48 dias-multa, e Fernando Zorzenon foi condenado a 10 anos e 5 meses de prisão, mais salário mínimo de multa.

Todos devem perder o cargo, conforme decisão do STJ de condenar os magistrados por corrupção. A Corte Especial se reuniu na última quinta-feira, 13, em que previu a perda dos envolvidos de suas devidas funções. Ainda há a possibilidade de recurso.

Denúncia contra os desembargadores

Por meio de investigações do Ministério Público Federal (MPF), foi apontado que os três desembargadores do TRT-1 teriam recebido propina para incluir empresas e organizações sociais (OSs) no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro. Os réus ficaram afastados do cargo durante as investigações.

Na denúncia havia outros envolvidos, como o ex-governador do Rio, Wilson Witzel, e o ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, que fechou o acordo de delação premiada. Após desmembramento da ação, pela relatora do caso, Nancy Andrighi, apenas os quatro desembargadores se mantiveram como réus no STJ.

 

Com informações de Metrópoles

Foto: Divulgação

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