Nesta sexta-feira, 30, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Lindbergh Farias (RJ), enviou representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o telefonema feito pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ao senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) na véspera do seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na representação, o líder petista pede a abertura de uma investigação criminal contra Bolsonaro – ou a inclusão em processo já em andamento – por obstrução de Justiça. O deputado solicita ainda, mediante autorização judicial, os registros de chamadas e eventuais mensagens trocadas pelo ex-chefe do Executivo com o senador.
Outros pedidos feitos são uma nova oitiva de Mourão para falar sobre o telefonema recebido e a proibição, pelo STF, do contato entre Bolsonaro e testemunhas arroladas no inquérito sobre o plano de golpe.
Mourão, que foi vice-presidente no governo Bolsonaro, prestou depoimento no dia 23 de maio. Para Lindbergh, a conversa prévia entre Bolsonaro e Mourão foi uma “tentativa deliberada de influenciar a versão dos fatos que seria levada ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal”.
Além de Bolsonaro, Mourão foi indicado como testemunha pelas defesas dos ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, todos réus do “núcleo crucial” da investigação sobre a tentativa de golpe.
Com informações de CNN