O ex-vereador Ronaldo Tabosa é um dos alvos da Operação Tesouro Oculto, que a Policia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), realizou desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 4, em Manaus e Borba. Tabosa, provavelmente, foi preso pela PF, que investiga sonegação de impostos no valor de R$ 87 milhões.
O objetivo da operação é combater crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, organização criminosa, fraude a execução e uso de documentos falsos. Os agentes da PF estiveram nos condomínios Atlantis e Smart Arvoredo.
Participaram da Operação Tesouro Oculto 100 policiais federais, que cumpriram 21 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva em Manaus e em Borba.
Durante a ação dos agentes da PF, houve prisões e entre elas pode estar o ex-vereador Ronaldo Tabosa. Porém, a prisão de Tabosa não foi oficializada pelos delegados durante entrevista coletiva na sede da PF.
De acordo com a PF, o objetivo da operação é detectar patrimônio oculto utilizado na lavagem de dinheiro, os mandados de busca para arrecadar documentos, robustecer os conteúdos probatórios que estão no inquérito policial e tramitam há algum tempo por sonegação fiscal e ocultação de patrimônio, que caracterizam o crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, como providências posteriores, será feita análise de toda a documentação apreendida e talvez outros laudos periciais contábeis sejam necessários.
O delegado de Repressão à Política Fazendária, Pablo Michel, informou que a investigação deflagrada hoje continua sob sigilo e que não poderia esclarecer outros detalhes. “Contudo, posso ressaltar que é importante o trabalho com resultado para a sociedade amazonense. Trata-se de uma organização criminosa que atua há décadas no nosso estado e causou um prejuízo estimado em R$ 90 milhões. É um grupo criminoso difícil, que tem um modo complexo, difícil de investigar, mas ainda assim, graças ao trabalho da PF, conseguimos identificar esse núcleo, que tem como líder um ex-parlamentar e basicamente toda a sua família”, afirmou.
Augusto Costa, para O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro