outubro 6, 2024 19:32

Terceira onda: Deputados pedem eficácia no combate à pandemia

A possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 está deixando em estado de alerta os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que pedem ao Governo do Amazonas para reforçar as ações do Plano de Contingência para o enfrentamento da doença.

O deputado Tony Medeiros (PSD) afirmou que está encaminhando ao Governo Federal, ao Ministério da Saúde, ao Ministério Público Federal, ao Governo do Estado e à Prefeitura de Manaus, requerimentos e representação (no caso do MPF) solicitando que as famílias que perderam muitos membros por complicações decorrentes da Covid-19 sejam incluídos nos grupos que tem prioridade na vacinação.

“Independente da terceira onda, a questão da saúde, tanto na capital quanto no interior do Amazonas, precisa ser resolvida. Prevenção nunca é demais, mesmo sabendo que a solução definitiva para a economia e a saúde no Estado é a vacinação”, afirmou.

Medeiros acredita que, enquanto as medidas não incluírem a implantação de UTIs no interior do Estado, elas nunca serão suficientes.

“Temos 814 UTIs na capital e nenhuma no interior. Não tenho nada contra Manaus ter essa quantidade, poderia até ter, mas, no entanto, entendo que metade da população do Estado está nos municípios do interior, onde não existem unidades de tratamento intensivo. Além disso, todos os municípios também precisam ter usinas de oxigênio. O povo do interior não pede ficar à espera de um milagre sempre que o número de casos aumentar”, alfinetou.

Serafim Corrêa (PSB) disse que as medidas do governo para uma terceira onda devem ser focadas na assistência hospitalar. “Entendo que devam ser tomadas medidas preventivas como lavar as mãos, álcool em gel, uso de máscara, distanciamento social. E outra prevenção importante: a vacina cuja aplicação, a meu ver, deve ser acelerada”, solicitou.

Ao ser questionado pela reportagem se pretendia apresentar algum Projeto de Lei ou sugestões para o governo estadual ou para a prefeitura de Manaus, o deputado delegado Péricles (PSL) disse que desde o início da pandemia no Amazonas em 2020 vem colaborando por intermédio de emendas impositivas.

“Meu trabalho já está em andamento, desde o início do combate ao vírus no Estado. Não só por meio de denúncias, de fiscalização, mas também de colaboração por meio da destinação de emendas impositivas para unidades de saúde, tanto na capital, quanto no interior”, enfatizou.

Em relação a este ano, Péricles afirmou que destinou R$ 1.349,070,00 a ser investido na saúde e ano passado R$ 2.872.366,12, justamente para combater todo o momento da pandemia que o Amazonas tem enfrentado e pode ainda vivenciar.

“Hoje, o plano considera os gargalos vividos na última onda – que sem dúvida foi extremamente drástica para nossa população, principalmente pela falta de oxigênio. Mas, estamos em momento ainda mais grave para enfrentar nova onda, afinal, todo o país está mergulhado em aumento no número de casos e a possibilidade de nos socorrer como em janeiro deste ano é quase nula. Eu acredito que tudo isso será levado em conta pela atual gestão, todas as saídas para possíveis agravamentos serão considerados”, destacou.

Na esteira do colega, Saullo Vianna (PTB) afirmou que contribuiu com a apresentação de projetos de leis importantes no combate à pandemia durante a segunda onda.

O deputado Ricardo Nicolau (PSD) enfatizou que desde o início da pandemia, se colocou à disposição para ajudar diversas vezes e já encaminhou várias solicitações e sugestões ao governo estadual para o enfrentamento da Covid-19.

“Por exemplo, não houve abertura de muitos novos leitos na rede pública. O que houve foi a transformação dos existentes para leitos de Covid-19. Quanto aos suprimentos, houve falta na primeira onda quando apenas Manaus estava em colapso. O mesmo aconteceu na segunda onda e, se houver uma terceira, ao mesmo tempo em que o restante do Brasil também está em situação crítica, o cenário deverá ser ainda mais trágico em nosso estado”, lamentou.

Nicolau disse que é preciso aprender com os erros e revisar todas as metodologias. “É preciso aprender com os erros e revisar todos as metodologias e protocolos que não se mostraram efetivos até aqui. Eu tenho dito desde o ano passado que, independentemente do governo federal, os estados e municípios também deveriam fazer a compra direta de lotes da vacina. Direcionar recursos e esforços para promover a vacinação em massa, porque essa é a única forma de controlar a pandemia” alfinetou.

Plano de Contingência

De acordo dados apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), na quarta-feira, 7, em audiência na Aleam, o novo Plano de Contingência do Amazonas para o enfrentamento à Covid-19 prevê um total de 3.975 leitos. O planejamento leva em conta, além da taxa de ocupação de leitos, fatores epidemiológicos, para embasar tomadas de decisão. Paralelamente ao dimensionamento da rede, ações de prevenção, com foco em vigilância em saúde e nas ações da atenção básica, estão sendo reforçadas.

Número de óbitos e de casos e a taxa de positividade no diagnóstico também serão pontos decisivos para que a SES-AM mude as fases de ampliação de leitos Covid-19 na rede, servindo também como indicadores para que o Governo do Amazonas avance ou recue nas medidas de restrição de circulação de pessoas.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

 

 

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