A desativação gradativa da lixeira pública municipal e o incentivo à reciclagem de resíduos sólidos na cidade serão propostos pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Kennedy Marques (PMN).
O parlamentar anunciou, nesta terça-feira, 25, que está elaborando um Projeto de Lei para propor a criação do Programa de Tratamento dos Resíduos Sólidos, que vai ser debatido com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Kennedy Marques explicou que a lixeira municipal de Manaus tem prazo de menos de dois anos para encerrar as suas atividades e que, durante uma visita ao local, percebeu que está faltando organizar a coleta do lixo.
“Somos cientes que existe uma forma diferente de organizar o lixo que não vai se decompor tão fácil. Tendo essa percepção, fiquei preocupado e estamos elaborando um programa diferente do tratamento dos resíduos. Existe aqui na nossa cidade pessoas que trabalham com reciclagem de papel, plásticos, metais e há interesse comercial nesses produtos. A nossa ideia é fazer um estudo para debater com o prefeito e que esses resíduos sólidos cheguem separados para as pessoas das cooperativas para aumentar a geração de emprego e renda”, afirmou.
Outro objetivo do programa é conscientizar a população que vai receber valores referentes ao material reciclado, que poderá ser separado em casa.
“O município vai precisar desapropriar vários pontos na cidade para a construção de um galpão onde os moradores ou catadores levem os resíduos. Serão construídos vários pontos administrados por empresas ou cooperativas com interesse no produto separado e a prefeitura vai atuar na redução do lixo”, disse.
O vereador exemplificou que uma família com quatro moradores pode receber quase R$ 200 pelo lixo reciclado se separar o material e levar ao ponto mais próximo. “Estamos fazendo esse trabalho que traz uma resposta imediata para o município. Acredito que em dois anos Manaus possa ser destaque no país. O nosso prazo para o fim do aterro sanitário está acabando e temos menos de dois anos. Então, se implantarmos isso nesse período o aterro vai poder receber talvez 10% do resíduo que chega lá com essa redução”, avaliou.
Segundo Kennedy Marques o projeto vai abranger os resíduos recicláveis entre papeis, plástico e alumínio, além da parte de compostagem. “Vai incluir também a parte de compostagem e os resíduos reaproveitáveis que são geladeira, fogões e eletrodomésticos que poderão ser reformados em uma oficina e ficar disponível para venda e tudo isso em parceria público-privada. Esse projeto é muito grande e dessa forma vamos salvar os nossos igarapés e melhorar a nossa cidade. Também vou levar ao prefeito para que ele veja a contrapartida para a cidade”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
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