O governador Wilson Lima (União Brasil) saiu na frente com as articulações politicas em relação ao seu adversário ao governo do Estado, Amazonino Mendes (sem partido), e venceu o primeiro round da luta política ao ganhar apoio de 13 partidos para as eleições deste ano. Já o ex-governador do Amazonas corre contra o tempo e faz articulações nos bastidores para tentar a filiação em uma sigla para chamar de sua, que pode ser o PSDB.
Fontes dos bastidores políticos confirmaram, com exclusividade, nesta quinta-feira, 17, ao Portal O Poder que, além do União Brasil, Wilson Lima poderá contar com PTB, PSC, PMN, PP, PRTB, DC, Podemos, Republicanos, PL, Patriotas, Pros e PMB (que vai virar Brasil 35).
Numa avaliação do cenário político, a maioria dos partidos já está definindo quem serão os candidatos majoritários ou se vão decidir não lançar ninguém para o governo e apoiar nome de outra sigla. O PDT, por exemplo, vai lançar para candidata ao governo a ex-titular da Secretaria Estadual de Justiça (Sejusc), Carol Braz. O Solidariedade, por sua vez, vai apoiar para o governo o deputado estadual Ricardo Nicolau.
De acordo com rumores nos bastidores políticos, o PT, PCdoB, PV e PSOL, já fecharam entre si acordo de que não terão candidato majoritário ao governo no Amazonas e devem apoiar alguém indicado pela Executiva Nacional ou pelo ex-presidente Lula.
Com esses movimentos cada vez mais estratégicos no “tabuleiro político”, o cerco está se fechando e Amazonino Mendes tem que agir rápido para decidir onde se filiar para disputar o governo do Amazonas.
O PSB, do deputado Serafim Corrêa, não fecha com Amazonino Mendes. PTC e Avante estão aliançados com o prefeito de Manaus, David Almeida. O PSD vai seguir as determinações do senador Omar Aziz.
O que pode restar de opções partidárias para o velho cacique é mesmo o PSDB e Cidadania, que vão federalizar. Mas fontes nos bastidores políticos ainda consideram uma chance remota de que, se tudo der errado entre Amazonino Mendes e o ninho tucano, o Negão pode “cair no colo” de Eduardo Braga no MDB, que vem se enfraquecendo com a perda de deputados, prefeitos e demais aliados políticos. Junto com Braga, Amazonino ainda correria o risco de receber um “chega para lá” e desistir do governo do Estado e tentar uma vaga no Senado, caso Eduardo Braga dispute o governo do Estado ou ambos podem morrer abraçados politicamente.
Na avaliação de quem acompanha de perto tudo que vem acontecendo nos bastidores, apesar de Arthur Neto ter anunciado que convenceu a Executiva Nacional a receber Amazonino Mendes, no processo partidário, Plínio Valério, que tem o apoio de alguns senadores, ainda pode tentar a última cartada para voltar ao “game” de disputar a eleição como majoritário no Amazonas.
“Não tem como o Arthur Neto ganhar essa briga porque Plínio Valério é senador com mandato. Como o mandato é majoritário e ele pode sair na hora que quiser do partido, se sair quem vai perder é o PSDB, que perde bancada, e eles têm oito votos lá. Se o Plínio sair será um voto a menos. Então, só vai restar ao Amazonino o MDB, se o senador Eduardo Braga o quiser lá. Ele ainda corre o risco de não sair mais para governador e pode concorrer a o Senado”, afirmou a fonte.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins