novembro 20, 2025 13:01
Início Site Página 206

STF atende OAB e declara parcialmente inconstitucional lei sobre aumento de custas judiciais no Amazonas

0

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, por maioria, a parcial inconstitucionalidade da Lei nº 6.646/2023, do Amazonas, que regulamenta o aumento de custas e taxas judiciais no estado. A decisão foi tomada na sexta-feira, 13, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7658, proposta pelo Conselho Federal da OAB. O voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, foi acompanhado pela maioria dos ministros, consolidando mais uma vitória para a advocacia.

No julgamento, foram declarados inconstitucionais o parágrafo único do artigo 24, o caput do artigo 26 e os §§ 2º e 5º do artigo 27 da lei. Além disso, o STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial, sem redução de texto, do artigo 44, determinando que a majoração das custas só poderá vigorar após o prazo de 90 dias, em observância ao princípio da anterioridade tributária previsto na Constituição Federal.

A decisão foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e Luís Roberto Barroso, que votaram integralmente com a relatora.

O Conselho Federal da OAB celebrou o resultado, destacando que a decisão do STF reafirma o compromisso com os princípios constitucionais, especialmente no que diz respeito à acessibilidade à Justiça. “Essa vitória marca um importante precedente na defesa da advocacia e dos cidadãos, garantindo que as custas judiciais não se tornem um obstáculo desproporcional ao exercício dos direitos no Judiciário”, afirmou o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.

Ação da OAB

A ADI 7658 foi protocolada pelo CFOAB em maio deste ano, sob o argumento de que diversos dispositivos da Lei Estadual nº 6.646/2023 do Amazonas violam princípios constitucionais, criando barreiras ao acesso à Justiça. Em julho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer favorável ao deferimento parcial da medida cautelar solicitada pela Ordem ao STF.

Principais pontos de inconstitucionalidade apontados pela OAB:

– Acesso à Justiça: a petição argumenta que os incisos II e III do art. 2º, ao estabelecerem incentivos para o uso de meios alternativos de solução de conflitos e desestimular demandas judiciais, violam o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, que garante o direito de acesso à jurisdição.

– Vício formal: a ADI sustenta que o parágrafo único do art. 24, art. 26, § 2º e § 5º do art. 27, e § 2º do art. 28 invadem competência legislativa privativa da União ao dispor sobre direito processual, conforme o art. 22, I, da Constituição Federal.

– Princípio da anterioridade nonagesimal: a lei, ao entrar em vigor em 1º de janeiro de 2024, menos de um mês após sua promulgação em 15 de dezembro de 2023, desrespeita o princípio da anterioridade nonagesimal estabelecido no art. 150, III, “b”, da Constituição, que exige um intervalo de 90 dias para a eficácia de novas normas tributárias.

– Metodologia gravosa de recolhimento: as tabelas de custas judiciais (I, II, III e V) impõem valores exorbitantes, desproporcionais e inadequados, configurando-se como barreiras econômicas ao acesso à justiça. A petição destaca que os valores são incompatíveis com a renda média dos cidadãos do Amazonas e que violam o princípio da proporcionalidade.

decisao STF JUDICIÁRIO

Da Redação com informações da OAB Nacional

Foto: Divulgação

RR: MPE pede cassação de vereadores em Boa Vista

0

O atual presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), e a vereadora eleita Carol Dantas (PSD), passam por cassação pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra ambos.

De acordo com a Polícia Federal e o MPE, Genilson Costa praticou abusos do poder econômico, bem como a captação e gastos ilícitos de recursos eleitorais, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições para o cargo de vereador.

Com base nas anotações do próprio Genilson, mais de R$4 milhões foram utilizados para compra de votos. O valor é muito além do declarado pelo candidato, de R$120 mil, e do total líquido recebido para a campanha, de R$514,9 mil.

A vereadora eleita Carol Dantas praticou influência digital de ampla visibilidade na capital, utilizando das redes sociais, sobretudo o Instagram, configurando, para o MPE, abuso claro de poder, consistente no uso indevido dos veículos ou meios de comunicação social durante o pleito eleitoral.

Por meio de nota, Carol se disse surpreendida pela própria imprensa com a informação do ajuizamento pelo MPE pelo fato de ter recebido “apoio espontâneo de digitais influencers durante a campanha eleitoral de 2024”, e afirmou que ainda não foi notificada pelo órgão. O ajuizamento foi protocolado na última terça-feira, 17, requerendo a cassação do diploma e a decretação de inelegibilidade.

 

Com informações de Roraima em Tempo

Foto: Divulgação

Servidores da Educação no interior do AM estão preocupados com Fundeb

0

Com a chegada do fim do ano e da mudança de Governo em boa parte dos municípios amazonenses, os servidores das redes municipais de Educação do interior esperam pelo pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A esperança foi alimentada pelo aviso de pagamento para a rede estadual, feito por Wilson Lima.

Muitos prefeitos usaram o pagamento do abono Fundeb como promessa de campanha para angariar votos. Por outro lado, a troca de gestão em alguns municípios tem gerado preocupação e o questionamento mais comum é se, de fato, o abono será pago aos servidores públicos municipais de Educação. As cidades de Nova Olinda, Borba e Manacapuru irão ganhar nova gestão a partir de 1º de janeiro com a posse dos novos prefeitos. Além disso, os gestores atuais dessas cidades, Adenilson Lima Reis, Simão Peixoto e Beto D’Ângelo, respectivamente, possuem o histórico de pagar o abono com muita pressão popular. 

Ano passado, o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa, chegou a explicar que tornou-se difícil ter sobra para conceder o abono e, por isso, a maior parte das prefeituras do interior não pagou. Talvez o cenário em 2024 se repita, apesar das promessas eleitorais que foram feitas.

 

Da Redação

Foto: Divulgação

Mudança no magistério do Pará resulta em muita confusão

0

Professores e servidores do Pará foram atingidos com balas de borracha e spray de pimenta pela tropa de choque da Polícia Militar. O fato aconteceu nessa quarta-feira (18), em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), em Belém.

O motivo da manifestação foi a votação, em regime de urgência, do PL 729/2024 do governador Helder Barbalho (MDB). O texto foi aprovado pelos deputados e recebeu dez votos contra durante a 36ª sessão ordinária da casa, última do ano. O PL já havia recebido pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças e Educação na Alepa.

Na manifestação, dois professores foram atingidos com balas de borrachas. Um deles, no rosto. Eles precisaram ser socorridos por agentes do Corpo de Bombeiros.

Manifestantes passaram mal durante a confusão e foram ajudados por servidores. Dois manifestantes foram conduzidos até a Seccional do Comércio pela polícia.

É o segundo dia de protestos na Alepa. Na terça-feira, servidores protestaram contra a possível extinção da Fundação Cultural do Pará (FCP) e da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa).

Registros feitos por celular mostram a confusão que se formou em frente à casa legislativa, com um número considerável de agentes policiais, posicionados na entrada do órgão e impedindo a entrada dos manifestantes.

A confusão teve início após um dos deputados tentar entrar na Alepa pela parte da frente. A Polícia Militar reagiu com spray de pimenta para tentar impedir que os manifestantes também entrassem.

Em um segundo momento, quando outro deputado tentou entrar, alguns manifestantes jogaram garrafas plásticas e uma cadeira de plástico contra os PMs.

Os policiais lançaram mais spray de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo e até balas de borracha contra os professores. Pneus também foram queimados pelos manifestantes.

O grupo protesta contra reformas que revogam leis e gratificações, como modificação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), além da possibilidade de acabar com o Estatuto do Magistério, segundo a categoria.

“Não vamos aceitar que leis conquistadas por anos de luta sejam retiradas na surdina por um governo que não respeita a educação”, afirma o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp).

Movimentos sociais e sindicais usaram cartazes afirmando que foram hostilizados e agredidos pela PM.

O que diz o governo

Em nota, a PM disse que “foi acionada para garantir o acesso dos deputados estaduais que estavam sendo impedidos por manifestantes de entrar no prédio da Alepa para participar da Sessão Ordinária desta quarta-feira (18)”.

“Mesmo após tentativa de diálogo, houve arremesso de objetos contra os deputados e contra os agentes de segurança que estavam no local” e “a PM reagiu com medidas de contenção para garantir a ordem e o direito de ir e vir de todos”, segundo a nota.

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse, também em nota, que “o Projeto de Lei que trata da Nova Carreira do Magistério é uma política pública que visa trazer uma série de avanços (…) para o quadro de professores e especialistas da rede estadual de ensino, como a ampliação da progressão horizontal, maior valorização à titulação dos profissionais dentro da carreira, efetivação das progressões dos servidores, criação da Gratificação para professores em atuação no Programa Ensino Integral (PEI), criação de gratificações novas para funções e programas específicos, entre outros benefícios”.

A secretaria afirmou, ainda, que “atualmente, o Pará paga o melhor salário médio do país ao professor, no valor de R$ 11.447,48, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, e o segundo maior salário inicial da categoria entre as redes estaduais, no valor de R$ 8.289,87, 250% maior que o piso médio nacional, conforme levantamento do Movimento Profissão Docente”.

Como foi a votação

Segundo a Alepa, a votação do PL do magistério não foi nominal e dos 38 presentes, dez se posicionaram contra levantando as mãos. A deputada Andréia Xarão (MDB) chegou depois da votação.

Votaram contra:

  • Carlos Bordalo (PT)
  • Coronel Neil (PL)
  • Dirceu Ten Caten (PT)
  • Elias Santiago (PT)
  • Lívia Duarte (PSOL)
  • Maria do Carmo (PT)
  • Bob Fllay (PTB)
  • Rogério Barra (PL)
  • Toni Cunha (PL)
  • Wescley Tomaz (PSC)

 

 

Com informações do G1

Ilustração: Bernardo Andrade

TCE-AM obriga Andreson, de Autazes, a fazer transição de governo

0

O prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante, deverá fazer a transição de governo. A determinação é do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).

O órgão de controle acatou Representação com Pedido de Medida Cautelar. O objetivo é apurar possíveis irregularidades acerca do exercício das competências referentes à transição de governo.

O representante da ação, Willian Duarte Ferreira de Menezes, alega que há suposta ilegalidade em procedimento administrativo realizado pela administração pública municipal de Autazes. O caso, inclusive, pode resultar em danos ao erário.

O relator do processo é o conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro.

 

 

Da Redação

Projeto de Omar que obriga realização de concurso público na PF é aprovado na CCJ

0

De autoria do senador Omar Aziz (PSD-AM), o Projeto de Lei nº 409/2015, que dispõe sobre a realização de concursos públicos e o Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, foi aprovado nesta quarta-feira, 18, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A matéria agora segue para a Câmara dos Deputados. 

Segundo o PL de Omar Aziz, a medida é uma questão de prevenção e especifica que a partir do momento em que o contingente da Polícia Federal diminuir 5%, seja automática a realização de concurso público pelo Governo Federal, para repor as perdas naturais do serviço público.

“Nós temos regiões, como a minha região em que eu moro, em que é inacreditável que você não faça concurso para repor os policiais. Você não faz um concurso e coloca um policial diretamente para trabalhar. Ele precisa fazer um curso, precisa fazer treinamento, é preparado para ser delegado ou agente de polícia. Isso demanda tempo”, salientou Omar durante defesa do texto na CCJ. 

Na sua relatoria da matéria, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entendeu que a medida prevista na proposição é necessária, para evitar situações em que o efetivo da instituição fique defasado por extensos períodos de tempo, sem recomposição dos policiais que venham a se desligar de seus quadros. Para o parlamentar, a proposta colabora para que a missão institucional da Polícia Federal seja colocada em primeiro plano, sem depender da boa vontade e compreensão do governo de turno.

“A Polícia Federal é uma instituição indispensável para o bom funcionamento da segurança pública no país, responsável por atividades como a prevenção e repressão do tráfico de drogas, do contrabando e do descaminho, pelo exercício das funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras e de polícia judiciária federal, além de atuar na apuração de todos os crimes que atinjam bens, serviços e interesses da União”, disse Bolsonaro em seu relatório.

 

Da Redação com informações da assessoria de imprensa 

Foto: Divulgação

PA: Justiça Federal notifica Helder Barbalho e Rossieli Soares

0

A Justiça Federal determinou a intimação do governador do Pará, Helder Barbalho, e do secretário de educação, Rossieli Soares, para que, no prazo de 15 dias, dê explicações sobre a implementação e ampliação do ensino médio telepresencial nas comunidades paraenses. A determinação partiu da juíza federal Hind Ghassan Kayath.

A denúncia foi feita pelo Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP) e acolhida pelo Ministério Público Federal (MPF), que registrou novas informações provenientes do sindicato e indicam necessidade de tutela de urgência.

Segundo o Sintepp, a Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc) estaria substituindo o Sistema Educacional Interativo (SEI) por um outro formato, o Centro de Mídias da Educação Paraense (CEMEP). Esse sistema, com uma nova nomenclatura, seria implementado e ampliado para o ano de 2025, o que prejudicaria a vida dos estudantes das comunidades no interior do estado.

 

Da Redação

Ilustração: Neto Ribeiro/ O Poder

Justiça atende pedido do Grupo Oliveira e concede prazo maior para transferir Amazonas Energia

0

A distribuidora de energia elétrica do Amazonas conseguiu decisão judicial para estender por mais 60 dias o prazo para concluir a transferência de seu controle acionário para a Âmbar Energia, empresa da família Batista, da holding que controla a JBS.

A decisão judicial atropela uma discussão que estava prevista para ocorrer no âmbito regulatório na quinta-feira, 19, em reunião extraordinária marcada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A concessionária de energia amazonense via necessidade de prorrogação do cronograma para concluir a mudança de controle do grupo Oliveira Energia para a Âmbar devido a “elevados desafios burocráticos”, “natural lentificação das atividades dos órgãos públicos” e “quantidade considerável de documentos e informações”, segundo ofício da Aneel.

“Algumas medidas de fato ficam no controle de outros órgãos e instituições, como a Junta Comercial, de modo que se faz necessária a prorrogação por mais sessenta dias dos prazos estabelecidos nas cláusulas 4a e 7a., pleito este que expressamente DEFIRO”, diz a decisão da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Amazonas.

A transação, que marca a entrada da Âmbar no setor de distribuição de energia elétrica, inclui aportes de 6,5 bilhões de reais para reduzir o endividamento da distribuidora amazonense em dificuldades, mas também envolve flexibilizações de obrigações de 14 bilhões de reais que vão gerar custos para consumidores de todo o Brasil.

Na decisão, a juíza também determina que a Aneel libere repasses de recursos à Amazonas Energia “para que (a empresa) possa dar continuidade às suas atividades, evitando-se apagão no Estado do Amazonas e Roraima”.

 

Da Redação com informações de IstoÉ Dinheiro

Foto: Divulgação

Vereador questiona operação de combate ao garimpo ilegal no MPF

0

Um vereador, cuja identidade não foi revelada, questionou os impactos da operação “Prensa”, realizada pela Polícia Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra o garimpo ilegal no rio Madeira, em Manicoré. A denúncia chegou a ser protocolada no Ministério Público Federal (MPF).

A operação “Prensa” iniciou no dia 20 de agosto, envolvendo a destruição de 459 balsas e dragas utilizadas no garimpo ilegal, na região do Sul do Amazonas, concentrando-se no rio Madeira e seus afluentes, o rio Aripuanã e o rio Manicoré.

Prejuízos

A representação inicial, feita pelo vereador, alegou que a operação teria causado danos ambientais e prejuízos à população ribeirinha. Junto ao processo foram anexados fotos e vídeos públicos nas redes sociais para reforçar a Notícia de Fato Criminal.

Processo arquivado

Na análise do processo, o MPF considerou que os conteúdos divulgados na internet não foram rastreados e não tiveram sua autenticidade confirmada, portanto, haveria possibilidade de não ser referente à operação.

Além disso, tanto a execução da “Prensa” como a atuação dos agentes foram respaldadas pela Justiça sem configurar ilícitos penais, atendendo o interesse público e preservação ambiental. O MPF já havia recomendado ações semelhantes em ocasiões anteriores, como forma de combater o garimpo ilegal.

Apesar de alegações do parlamentar, o MPF concluiu que não houve ilegalidade ou crime a ser apurado. A decisão foi homologada com base no voto da relatora, procuradora da República Luiza Fonseca.

 

 

Thaise, para o Portal O Poder

Foto: Divulgação

RR: Presidente da Câmara de Vereadores de Boa Vista é preso

0

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 18, a Operação Martellus, para desarticular uma associação criminosa formada durante as eleições de 2024, voltada à compra de votos e à prática de outros crimes eleitorais.

A corporação cumpre 18 mandados de busca e apreensão, bem como 14 de prisão temporária, todos expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima.

A investigação começou após a prisão em flagrante de dez pessoas, em 5 de outubro último, por corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito apontado como líder de campanha teria cooptado cidadãos para votarem em um candidato que disputava a reeleição ao cargo de vereador de Boa Vista (RR).

Em contrapartida ao voto, essas pessoas teriam recebido valores de R$ 100 a R$ 150. O candidato, que acabou reeleito, também é alvo da operação desta quarta-feira.

Em 6 de outubro deste ano, uma busca e apreensão conduzida pela PF identificou diversos crimes eleitorais, o que culminou na prisão em flagrante do então candidato por corrupção eleitoral, por lavagem de dinheiro e por ter ouro bruto em casa — o que também é crime. No entanto, após ser detido, o candidato acabou liberado graças a um pedido de habeas corpus acatado pela Justiça.

O esquema, que seria liderado pelo candidato, contaria com apoio de agentes públicos, inclusive de um oficial da Polícia Militar de Roraima (PMRR), responsável por manter o político informado sobre eventuais denúncias recebidas acerca da compra de votos investigada.

O vereador ainda tinha um grupo em aplicativo de mensagens, por meio do qual os envolvidos faziam prestação de contas sobre o esquema. Ao menos R$ 1 milhão teriam sido usados na compra de votos.

O inquérito policial apontou, ainda, que o vereador — investigado anteriormente por diversos outros crimes — teria recebido patrocínio do tráfico para exercer as atividades parlamentares, inclusive ao disputar a presidência da casa legislativa municipal.

Os investigados podem ser indiciados por associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.

 

 

Com informações do Metrópoles

error: Conteúdo protegido!!