novembro 23, 2024 11:00

Covid-19: Governo vai financiar R$ 40 bi da folha de médias e pequenas empresas

 

Brasília – Em entrevista coletiva no palácio do Planalto, hoje, 27/03, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), juntamente com os presidentes da Caixa, Banco Central e BNDES, anunciaram novas medidas para o enfrentamento a crise ocasionada pelo coronavírus. Entre elas, um pacote de R$ 40 bilhões destinado a folha de pagamento de pequenas e médias empresas.

O presidente abriu a coletiva falando sobre as medidas já adotadas para dá suporte às vítimas do coronavírus, e em seguida passou a fala ao presidente do Banco Central Roberto Campos.

“Entre as medidas já anunciadas pelo Governo de modo que nós possamos atender às vítimas do coronavírus, há também uma preocupação em manter os empregos. A gente costuma falar na segunda onda… Nós devemos aos máximo possível diminuir essas duas ondas”, disse o presidente se referindo à crise de saúde e a econômica esperada após os efeitos da pandemia do Covid-19.

Na sequência, Roberto Campos disse que a linha de crédito beneficiará empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A medida deve atender 1,4 milhão de pequenas e médias empresas e 2,2 milhões de pessoas. 

Serão repassados R$ 20 bilhões por mês durante 2 meses, totalizando R$ 40 bilhões, exclusivamente para o custeio da folha de pagamento dos funcionários.  

Dos R$ 20 bilhões repassados a cada mês, segundo Campos, R$ 17 bilhões serão de recursos do Tesouro Nacional, e os R$ 3 bilhões complementares, de bancos privados por meios da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos.

Questionado sobre como o governo garantiria o repasses ao trabalhador, Campos respondeu que “os valores serão repassado diretamente para o CPF deles”, e que as empresas “ficarão apenas com a conta”.

O governo garantirá o pagamento de até dois salários mínimos por colaborador. Os rendimentos acima dessa faixa salarial, ficará a critério das empresas fazer o complemento ou não. 

O financiamento terá segundo o presidente do Banco Central, spread zero ou seja “uma taxa de juros de 3,75% ao ano”, completou. O prazo para quitar o empréstimo fica estabelecido em 36 meses, com 6 meses de carência para o vencimento da primeira parcela.

As empresas que aderirem ao financiamento ficarão proibidas, por meio de contrato, a fazer demissões por um período de dois meses, correspondente ao custeio das folhas. 

Roberto Campos anunciou também que o Banco Central a partir da próxima semana, passará a financiar outros bancos por meio de letras financeira. Na prática os bancos que tiverem uma carteira de crédito em liquidez, poderá colocar essa carteira num fundo, e o banco Central passará dinheiro a ele por meio do fundo.

Há também uma medida que deverá ser votada no Congresso, que permitirá ao Banco Central “comprar crédito diretamente, como faz o Banco Central Americano e outro bancos centrais no mundo”, completou. 

Atualmente o Banco Central não pode realizar esse tipo de operação. O máximo permitido é injetar liquidez no sistema. Para Campos “numa situação como essa que estamos (crise do coronavírus), essa liquidez não chega na ponta final’’, concluiu.

Campos frisou que a autonomia para que o Banco Central posa comprar credito direto, só deve se válida em crises como a que o país passa agora.

Outras medidas

Cheque especial e rotativo

Todas as linhas de créditos segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, terá redução.  Segundo ele se “as pessoas não tiverem crédito mais baratos, não irá adiantar ”. 

Por essa razão, segundo Guimarães os juros do cheque especial passam de  14% para 2,9% ao mês. O presidente da Caixa disse ainda, que o valor poderia ser reduzido ainda mais, “mas a caixa faz matematicamente, porque senão vai acontecer o que aconteceu há 10 anos, quando ela precisou de dinheiro do tesouro”, ponderou.

Os juros do rotativo, segundo Guimarães, que estavam até ontem 26/03, em 7% ao mês, também será reduzido a 2,9% ao mês.

Dessa forma segundo ele, “a população em geral, vai ter mais dinheiro para estar pagando as suas contas”, apontou.

Crédito imobiliário

De acordo com Guimarães, até o momento, por meio de aplicativo da Caixa, 800 mil famílias puderam pedir para não pagar os seus  financiamentos por 2 meses. 

Segundo ele, esse período foi ampliado para 3 meses em todas as linhas de crédito, uma vez que o mecanismo já permite o postergamento dos vencimentos por até 6 meses. Caso a crise se agrave, o adiamento será feito progressivamente até que atinja os 6 meses permitidos. 

Renda auxiliar emergencial

Ao final de sua fala, Guimarães falou também sobre o pagamento do auxílio emergencial aprovado pela Câmara, na quinta feira, 26, no valor de R$ 600.

Segundo ele, assim que a proposta for aprovada pelo Senado, os valores serão pagos por meios das lotéricas, contas da Caixa e por aplicativo de celular, que permitirão à Caixa transferir os benefícios a outros Bancos, sem que haja cobrança de taxas.

Os pagamento serão liberados de maneira escalonada, como ocorreu com a liberação do FGTS, antes, para evitar grandes aglomerações em bancos e demais agentes bancários.

Izael Pereira, de Brasília para O Poder

Foto: Reprodução

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