Na última segunda-feira, 6, o Ministério Público da Bolívia pediu a prisão e extradição do ex-presidente Evo Morales, sob acusação de terrorismo e financiamento da prática. Afastado do poder por um golpe de Estado, Morales vive como refugiado em Buenos Aires, na Argentina.
A acusação foi emitida por uma comissão de promotores anticorrupção em razão do “Caso Áudio”, que apura a gravação telefônica do ex-presidente com o ativista Faustino Yucra, convocando apoiadores na Bolívia a bloquear ruas e estradas durante os atos que ocorreram depois de sua saída do país por pressão do Exército.
O MP boliviano concluiu que a voz pertence ao ex-presidente que “instruiu o dirigente cocaleiro a cometer atos ilícitos durante os episódios violentos registrados no país a partir do dia 10 de novembro”.
“De maneira ilegal e inconstitucional, a Procuradoria, em La Paz, pretende acusar-me de terrorismo com um áudio alterado e sem ser notificado, uma prova mais de que há uma perseguição política do governo ditatorial. Logo voltará a democracia e o Estado de Direito”, informou Evo Morales sobre a decisão do MP em um perfil nas redes sociais.
Conteúdo: Brasil247
Foto: HO/ AFP