A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) solicita que o Supremo Tribunal Federal (STF) impugne o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para que as investigações sobre a suposta “rachadinha” no gabinete do ex-deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) volte para a primeira instância da Justiça fluminense.
A 3ª Câmara Criminal do Rio, no mês passado, concedeu habeas corpus ao senador garantindo que o caso passe a ser apurado na segunda instância da Justiça do Rio, no Órgão Especial do Tribunal de Justiça fluminense.
As investigações e decisões estavam sendo comandadas pela primeira instância.
Nos últimos dias, o MP-RJ apresentou a primeira denúncia contra um parlamentar e ofereceu denúncia por peculato e outros crimes contra o deputado Marcio Pacheco, do PSC. A defesa de Flávio diz que Pacheco foi denunciado diretamente ao Órgão Especial do TJ.
Na semana passada, o senador foi ouvido por videoconferência no âmbito das investigações sobre a rachadinha na Alerj.
A suspeita da prática iniciou no fim de 2018, durante a operação Furna da Onça, da Lava Jato. Relatórios do antigo Coaf apontaram movimentação financeira atípica em mais de 20 gabinetes do Legislativo estadual.
Conforme as investigações, o coordenador do esquema seria o ex-assessor Fabrício Queiroz, que foi beneficiado na sexta-feira por uma prisão domiciliar.
Conteúdo: Reuters
Foto: Pedro França/Agência Senado