Vereadores usaram a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã desta segunda-feira, 20, para criticar as medidas de relaxamento social, para alguns setores, impostas pelo governo do Estado na capital amazonense neste período de pandemia da Covid-19.
Citando principalmente os empresários e empreendedores que estão impedidos de realizar as suas atividades, o 1º vice-presidente da casa e líder do PSD, Hiram Nicolau, criticou que as aglomerações não podem ser feitas em restaurantes, bares e casas de shows.
“Eu entro no shopping center e ele está lotado, você vai na Ponta Negra e ela está lotada, você passa em um posto de gasolina e tem aglomeração”, observou o vereador.
Ele chamou a atenção que empresários que ajudam a contribuir, pagando seus impostos, estão sendo impedidos de trabalhar e, ninguém fala sobre isso.
Classificando como um “show de hipocrisia” Nicolau afirma que a cidade de Manaus não se resume à Constantino Nery, Djalma Batista, Adrianópolis e demais áreas, e cobrou para que ocorra uma discussão sobre a flexibilização para todos.
Aproveitando o gancho, o vereador Bessa (Solidariedade) também chamou de “hipocrisia” o decreto estabelecimento pelo governo do Estado que permite apenas três passageiros no transporte intermunicipal para os municípios de Iranduba e Manacapuru para Manaus.
“Esses profissionais (taxistas) estão impedidos de levar quatro passageiros, gerando um custo mais alto, enquanto os ônibus que estão indo para o mesmo local, todos entupidos, lotados. A hipocrisia impera nesse momento”, desabafou.
“É uma injustiça mesmo, muitos setores estarem abertos sem fornecer álcool em gel para as pessoas e sem lembrar o uso de máscara e tá aberto a todo vapor. Se a lei funciona pra um tem que ser para todos”, reforçou o líder do PT, Sassá da Construção Civil.
Hiram ainda comunicou aos parlamentares que em conversa com o presidente da casa, Joelson Silva, que se recupera de uma cirurgia, informou que não houve mais nenhuma reunião com o comitê criado pelo governador Wilson Lima (PSC) para prestar esclarecimentos sobre as medidas. “Não houve continuidade infelizmente”, lamentou.
Ana Flávia Oliveira, para O Poder
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