outubro 18, 2024 00:22

Vereadores da bancada ‘religiosa’ se manifestam contra o julgamento da ADI 5668, no Supremo

A bancada cristã e evangélica da Câmara de Manaus (CMM) se manifestou contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5668), de autoria do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que dispõe ao Plano Nacional de Educação (PNE) a reinterpretação para que “sejam coibidas as discriminações por gênero, por identidade de gênero e por orientação sexual e, dessa forma, sejam respeitadas as identidades das crianças e adolescentes LGBT nas escolas públicas e particulares”.

“Não poderia deixar de, como representante do povo cristão e do povo evangélico do país, do meu Estado e da minha cidade, manifestar meu repúdio a esta aberração da ADI 5668 do partido Psol”, diz Amauri Colares (Republicanos), informando que o tema já foi tratado em 2015 e o STF deveria rejeitar a ação.

O vereador ainda sugere uma nova mobilização da sociedade, assim como em 2015, para por meio das redes sociais, falar com os congressistas e impedir o julgamento da ADI.

“Estejamos vigilantes por que desse jeito nossos filhos correm um grande risco e fica aqui o meu repúdio e de toda comunidade evangélica e cristã do nosso país”, acrescenta Colares ao citar artigos da Constituição Federal, da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Estatuto da Criança e do Adolescentes, em razão dos responsáveis.

“Não ao Psol e esse é o direito dos pais de dar educação de gênero e dizer aos seus filhos: meu filho é macho e minha filha é fêmea”, acrescenta.

‘Instituição não deve afrontar valores de um lar’

O candidato à Prefeitura de Manaus Chico Preto (DC) aproveitou o discurso para informar que a escola possui um papel importante no aprendizado do aluno, mas que a instituição de ensino não deve “afrontar os valores que são construídos dentro de um lar”.

“Escola alguma pode desfazer isso através de uma tese como essa absurda, na minha opinião, chamada ideologia de gênero, confrontaria tudo que a ciência e a biologia prescreve há milênios”, reforça.

“Não podemos ficar alheios sobre isso, é preocupante, não se trata de ser contra isso ou contra as pessoas ou contra uma opção que estabeleceram, se trata que hoje querem normatizar algo que não tem cabimento”, acrescenta o vereador Wallace Oliveira (Pros).

“Eu sou radicalmente contra essa ideologia de gênero, que brincadeira é essa que a escola vai orientar a opção sexual da criança?”, diz Elias Emanuel (PSDB) ao firmar que o Estado não deve assumir o papel de “induzir” na orientação das pessoas.

A ADI 5668 será pautada no dia 11 desse mês, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo relator, ministro Edson Fachin.

 

 

Ana Flavia Oliveira, para O Poder

Foto: Robervaldo Rocha/CMM

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