novembro 24, 2024 12:13

Vereador chama intervenção no transporte público na gestão Arthur de ‘faz de conta’ 

Durante discussões ‘inflamadas’ na sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira, 11, que tratava sobre o transporte público da capital amazonense, o vereador Bessa (Solidariedade), chamou de “intervenção faz de conta”, o trabalho feito pelo ex-prefeito Arthur Neto (PSDB), no transporte coletivo.

O vereador Bessa (Solidariedade) não poupou críticas para a administração do ex-prefeito Arthur Neto e acusou o prefeito de fazer uma “intervenção faz de conta”, apenas para conceder o subsídio de R$ 14 milhões aos empresários.

“O transporte coletivo é um tema precário. A empresa Assaí não era mais para estar transportando em Manaus. A intervenção na cidade de Manaus foi um faz de conta. Me desculpe vereador Marcel, mas trazer esse problema de CPI para o prefeito David Almeida não cabe. Existe um cartel de ônibus e kombis clandestinas que atuam em Manaus. Tenho certeza que, com a coragem do prefeito David Almeida, até o fim do ano ele vai dar uma resposta para a sociedade”, afirmou.

O professor Samuel (PL) disse que o problema do transporte coletivo não é de apenas uma gestão municipal, mas de décadas. “Empresário é sinônimo de dinheiro. Então temos que ter uma fiscalização ferrenha e isso é muito sério. Quando tem prejuízo, eles aumentam a tarifa e o subsídio é de R$ 14 milhões. Precisamos de uma audiência púbica para a análise das ações que melhoram o transporte coletivo”, sugeriu.

O vereador William Alemão (Cidadania) afirmou que, constantemente, faz fiscalizações dentro dos ônibus que, apesar da pandemia, andam lotados, e cobrou melhorias no transporte coletivo.

“É inadmissível vermos projetos governamentais que proíbem aglomerações e os ônibus estão lotados. Peguei um ônibus com 10 anos de idade, caindo aos pedaços, com um buraco no chão que aparecia a roda. Não tem como o motorista dirigir em ruas cheias de buracos e carros estacionados na rua”, alfinetou.

Lissandro Breval (Avante) cobrou mais fiscalização dos órgãos competentes. “Tem que haver uma notificação da Câmara Municipal. O povo não pode mais passar por essa humilhação, são milhares de pessoas que utilizam o transporte coletivo todos os dias”, ressaltou.

De acordo com o vereador Jaildo Oliveira (PCdoB), a responsabilidade que deveria ser das empresas é repassada para o motorista. Quando rasga um pneu, a empresa cobra do motorista. Temos que saber para onde vão os recursos. São R$ 14 milhões que vão para as empresas para pagamento de pessoal. Eles não podem transferir a culpa de prejuízos para os cobradores. Ninguém fica no prejuízo por 20 anos”, disse.

Marcel Alexandre (Podemos) também falou sobre a fiscalização do colega William Alemão nos ônibus de Manaus. “Essa é uma luta antiga que a legislação passada levou com muita coragem ao prefeito Arthur Neto, que fez intervenção no sistema. Falta vergonha na cara do empresariado porque ainda assim pagamos subsídio. É mentira que eles não têm dinheiro. A Prefeitura paga como se eles estivessem cumprindo toda a planilha.  Já que passou a intervenção e caiu tudo que era legal por causa da pandemia, façam uma CPI e quem for podre que se quebre”, alfinetou.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

 

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