setembro 7, 2024 19:27

Suspeito de desviar verbas para combater Covid, Chico Rodrigues ainda não está na mira da CPI

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente, presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, afirmaram a O Poder que, por enquanto, não há nenhum requerimento para convocar o colega Chico Rodrigues (DEM-RR) a prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento em desvio de recursos para o combate à Covid-19 em Roraima. Em outubro de 2020, o parlamentar roraimense foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura irregularidades no uso de pelo menos R$ 20 milhões.

O dinheiro deveria ser usado para aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e testes rápidos de Covid-19. De acordo com a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificados vários indícios de sobrepreço e superfaturamento nos contratos para aquisição do material. Durante a operação em Roraima, que ficou conhecida como “Desvid-19”, Rodrigues foi flagrado com mais de R$ 30 mil escondidos na cueca. Ele alegou se tratar de recursos para pagar funcionários.

Por telefone, o senador Aziz informou que não há nenhum pedido formal sobre um possível depoimento de Chico Rodrigues. Já a assessoria de Renan Calheiros esclareceu que a CPI não aprovou requerimentos tratando de Estados e destacou que os depoimentos ainda estão na fase que trata da gestão de compras de vacinas pelo Ministério da Saúde.

A reportagem tentou contato com a assessoria de Chico Rodrigues e com o próprio senador, mas não obteve êxito.

Celeridade na vacinação

Nesta quinta-feira, 13, o senador Chico Rodrigues publicou em uma rede social um post defendendo a aceleração na aprovação de um projeto que trata da vacinação obrigatória contra Covid-19 nos fins de semana e feriados.

Ao justificar o projeto de lei, ele argumenta a frequente aglomeração de pessoas em pontos de vacinação por todo o país e o fato de a imunização não ocorrer nos fins de semana e feriados “como medida ágil para reduzir esses problemas”.

O senador, que tem 69 anos, tomou a primeira dose do imunizante contra a Covid em Brasília, no dia 27 de março, e compartilhou uma foto nas redes sociais. “É muito forte a sensação de receber em si a esperança em forma de vacina”, escreveu na publicação.

Blindagem

Até o momento, foram ouvidos pelos senadores os ex-ministros da Saúde Henrique Mandetta e Nelson Teich e o atual, Marcelo Queiroga, além do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten e representantes de farmacêuticas.

Um dos depoimentos mais esperados é o de Eduardo Pazuello, responsável até o fim de março deste ano pelo Ministério da Saúde, que deve ocorrer na próxima quarta-feira, 19. Nesta quinta, 13, o advogado Rafael Mendes de Castro Alves entrou com pedido de habeas corpus para que o ex-ministro fique calado na CPI, não seja preso e se retire da sessão, se for ofendido.

A Advocacia-Geral da União, a pedido de Jair Bolsonaro (sem partido), também entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Pazuello não se manifeste ao ser interrogado pelos senadores da CPI. O depoimento dele estava marcado para 5 de maio, mas, um dia antes, ele informou ter tido contato com duas pessoas infectadas pela Covid-19 e alegou precisar ficar em quarentena.

 

Érico Veríssimo, para O Poder

Foto: Uol

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