novembro 21, 2024 23:41

RR: ALE ‘silencia’ sobre andamento de quatro pedidos de impeachment contra Denarium

Roraima – Embora alguns deputados estejam atuantes na questão da crise da Saúde de Roraima e até na derrubada de vetos do Executivo, os quatro pedidos de impeachment, protocolados na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), contra o governador Antonio Denarium (PP), seguem completamente parados na Casa Legislativa, segundo fontes.

Além disso, questionada, por meio da Superintendência de Comunicação, a Assembleia segue em silêncio sobre o andamento dos trâmites dos pedidos de afastamento do governador bolsonarista. Havia uma expectativa que os pedidos fossem analisados e seguissem o trãmite devido depois que o presidente da Casa Legislativa, Soldado Sampaio (Republicanos), se rebelou e mostrou distanciamento de Antonio Denarium.

O primeiro pedido de impeachment foi protocolado no dia 6 de janeiro deste ano pelo jornalista e vereador de Boa Vista, Bruno Perez (MDB). O parlamentar alega que o governador cometeu crime de responsabilidade.

Conforme o documento obtido pelo O Poder, o vereador alega que Denarium cometeu ilegalidade ao fazer comentários preconceituosos sobre a situação crítica dos povos Yanomami, que sofrem com uma grave crise sanitária.

Outros três pedidos de impeachment contra Antonio Denarium foram protocolados no dia 10 deste mês, na Assembleia Legislativa de Roraima. O autor dos pedidos é o advogado Marco Vicenzo.

Em um dos pedidos, o advogado destaca uma fala do governador sobre os indígenas Yanomami, que vivem uma grave crise humanitária. Em entrevista, Denarium disse que “eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”.

“Limitar as declarações do governador Denarium como meramente insensíveis é diminuir a magnitude desse descalabro. Muito além de simplesmente ofender, elas vilipendiam a imagem coletiva dos Yanomami, rotulando-os como bichos e expressando depreciativamente que os mesmos não podem viver conforme sua cultura e seu modo de vida tradicional”, cita trecho do documento.

O segundo pedido diz respeito ao pagamento de R$ 140 milhões para empresário que recebeu auxílio-emergencial que, segundo o advogado, caracteriza como crime de responsabilidade.

“Nesse diapasão, o governador, além de cometer ato de improbidade administrativa, ainda incorreu em infração político-administrativa, ao agir contra a probidade na Administração, bem como por proceder de modo incompatível com o decoro na conduta pública, motivos mais que suficientes para abertura do processo de impeachment”, argumenta o advogado.

No terceiro pedido de afastamento, o advogado aponta o envolvimento do governador de  com uma empresa de agiotagem e com garimpo ilegal: o uso do cargo para proveito pessoal, condutas também caracterizadas como crimes de responsabilidade, segundo o advogado.

Pressão

Na terça-feira, 11, durante sessão ordinária, o deputado Neto Loureiro (PMB) pediu cópia integral dos três pedidos de impeachment protocolados pelo advogado Marco Vicenzo e exigiu imparcialidade do presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio, ao analisar os pedidos de impeachment do chefe do Executivo Estadual.

 

Foto: Divulgação 

 

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