A Ordem dos Advogados do Brasil quer que advogados tenham direito de portar armas no país. Representantes da entidade devem começar a fazer articulações em Brasília (DF) em torno do assunto. A OAB representa mais de 1,3 milhão de profissionais.
De acordo com a instituição, o porte para advogados “garantirá igualdade entre as funções da Justiça”. “Enquanto Ministério Público e juízes tiverem porte, advogados também devem ter”, defende Beto Simonetti, chefe da entidade, à coluna Radar.
O jurista Pedro Serrano criticou a proposta. “O mundo anda torto mesmo. Totalmente insensato, se aprovado só vai trazer problemas”, afirmou o estudioso na rede social X.
Segundo o jurista, defensores do projeto afirmaram que juízes e promotores têm porte de arma e, por consequência, advogados também deveria ter.
“Vamos andar armados pra trocar tiros com eles? A Ordem tem coisas muito mais relevantes e consistentes para se preocupar. Como regra geral, salvo exceções, apenas Polícias e forças armadas devem portar armas”.
Mais riscos
De acordo com Beto Simonetti, presidente nacional da OAB, em entrevista à coluna “Radar”, da revista “Veja”, “enquanto Ministério Público e juízes tiverem porte [de arma], advogados também devem ter”.
Por vezes, é fato, os advogados correm mais riscos do que promotores e juízes — que, em geral, trabalham em locais fixos e protegidos por vigilância. Os advogados têm de circular pelas ruas das cidades — expondo-se a variados perigos.
O líder da OAB enfatiza que o porte de armas para advogados “garantirá igualdade entre as funções da Justiça”.
Se a tese da OAB for aprovada, cerca de 1,3 milhão de advogados brasileiros “poderão andar armados”, frisa a “Veja”.
De agências