Um suposto esquema de espionagem ilegal que teria sido conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ex-aliados e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela Band na noite desta sexta-feira (2).
Entre as autoridades que teriam sido monitoradas de forma ilegal estão ex-ministros do governo Bolsonaro, como Abraham Weintraub, que chefiou a Educação, e o general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo no início da gestão bolsonarista. Até mesmo um aliado de última hora de Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, consta da lista.
Adversários políticos e autoridades do Judiciário também seriam alvos da ‘Abin Paralela’, como os senadores Renan Calheiros (MDB), Randolfe Rodrigues (sem partido) e Rogério Carvalho (PT) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto.
Veja a lista de autoridades que teriam sido monitoradas:
- Abraham Weintraub (ex-ministro da Educação no governo de Jair Bolsonaro)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro)
- Flávia Arruda (ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo no governo de Jair Bolsonaro)
- General Santos Cruz (ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo no governo de Jair Bolsonaro)
- Kim Kataguiri (deputado federal)
- Alexandre Frota (ex-deputado federal)
- Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara dos Deputados)
- Otto Alencar (senador)
- Soraya Thronicke (senadora e ex-candidata à Presidência da República)
- Renan Calheiros (senador)
- Rogério Carvalho (senador)
- Omar Aziz (senador)
- Humberto Costa (senador)
- Randolfe Rodrigues (senador)
- Simone Tebet (ministra do
- Planejamento do governo Lula, ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República)
- Alessandro Vieira (senador)
- Roberto Barroso (ministro do STF)
- Gilmar Mendes (ministro do STF)
- Alexandre de Moraes (ministro do STF)
- João Dória (ex-governador de São Paulo)
- Camilo Santana (ministro da Educação do governo Lula e ex-governador do Ceará)
Operação mirou Carlos Bolsonaro
No início da semana, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal que investiga suposto envolvimento dele no esquema da chamada “Abin Paralela”. Carlos estava na casa da família, na vila de Mambucaba, no litoral do Rio de Janeiro. Com ele e outros investigados, como o ex-assessor da Presidência, Tércio Arnaud, foram apreendidos celulares e notebooks.
Um inquérito instalado pela PF analisa o uso do First Mile, um programa espião comprado pela Abin em 2018 e que teria sido utilizado por integrantes da agência para espionar ilegalmente autoridades, jornalistas e adversários políticos de Jair Bolsonaro (PL), à época presidente da República.
Da redação para Portal O Porder, com informações do portal Itatiaia.
Imagens: divulgação.