Uma base militar dos Estados Unidos localizada na província de Al-Hasakah, no norte da Síria, foi alvo de um ataque, informa a agência estatal iraniana Mehr News, de acordo com a Ria Novosti. De acordo com a publicação, “fontes disseram que o alvo do ataque era uma base militar dos EUA na área de Kasruk, na província de Hasakah, no oeste da Síria”.
O ataque ocorre em meio à crescente tensão entre Washington e Teerã, agravada por uma ofensiva lançada pelos Estados Unidos na noite de domingo, 22 de junho. Na ocasião, as forças norte-americanas atingiram três complexos nucleares iranianos, localizados em Natanz, Fordow e Isfahan. As ações foram uma resposta ao recente agravamento do conflito entre Israel e Irã.
Segundo o governo dos EUA, a ação teve como objetivo neutralizar a capacidade de enriquecimento de urânio da República Islâmica. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que “as principais instalações de enriquecimento de urânio foram completamente destruídas”. O Pentágono, no entanto, ponderou que seria necessário algum tempo para avaliar o impacto real dos bombardeios.
As tensões entre Irã e Israel haviam se intensificado desde a noite de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciaram uma operação militar de grande escala contra o Irã, acusando Teerã de manter um programa nuclear clandestino. Durante os ataques, foram mortos oficiais militares iranianos de alto escalão e cientistas envolvidos no setor nuclear.
Em reação, o Irã lançou uma operação de retaliação batizada de “Promessa Verdadeira 3”, na qual bombardeou alvos militares considerados inimigos. Desde então, houve troca de ataques entre os dois lados em ritmo quase diário.
Em resposta aos bombardeios dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que o país se reserva o direito de autodefesa para proteger seus interesses estratégicos. “Teerã se reserva o direito de proteger seus interesses por meio de autodefesa”, destacou a chancelaria.
A Rússia também reagiu com veemência à ação dos EUA. Em comunicado, Moscou classificou os ataques às instalações nucleares iranianas como uma grave violação do direito internacional, das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da própria Carta da ONU.
Apesar de apelos diplomáticos para que o Irã aceite um acordo de paz, Washington segue com o tom beligerante. A Casa Branca alertou que poderá realizar novos ataques caso o Irã volte a lançar ofensivas noturnas.
Com informações do Brasil 247